O maior mercado automóvel do mundo, o chinês, atravessa um período menos bom, após a quebra das vendas em 2018, o que aconteceu pela primeira vez desde os anos 90. Segundo a Reuters, a Dongfeng Peugeot Citroën Automobiles (DPCA), assim é denominada a parceria para o mercado chinês, vai despedir metade da sua força de trabalho, ou seja, 4.000 funcionários. Em relação às quatro fábricas que possui no país, uma vai ser fechada e uma segunda vendida, confirmaram os CEO da PSA, Carlos Tavares, e o CEO da Dongfeng, Zhu Yanfeng.

Apesar desta parceria existir há 27 anos e a Dongfeng (que pertence ao Estado chinês) ser um dos sócios da PSA, com 13,68% (percentagem idêntica à detida pelo Estado francês e pela família Peugeot), a PSA estará seriamente a considerar abandonar a parceria ou até mesmo abandonar o mercado chinês, de acordo com a Reuters. Os franceses estão a tentar recuperar a sua rentabilidade no mercado, mas o facto de se esperar para 2019 nova queda nas vendas na China, desta vez em mais 5%, não coloca as perspectivas no campo positivo.

A DPCA comercializou apenas 251.700 unidades em 2018, bem abaixo dos 731.000 de 2014, o que levou a PSA a perder 400 milhões de euros e a abrir mão do capital que tem na parceria para compensar, que agora fica reduzido a apenas 500 milhões de euros.

Por outro lado, a Dongfeng, para absorver os seus prejuízos, está a analisar todas as opções, o que de acordo com a agência noticiosa pode inclusivamente passar pela alienação dos 13,68% que detém na PSA, os quais podem atingir um valor de 2,2 mil milhões de euros.

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