Momentos-chave
Histórico de atualizações
  • Bom dia,

    Vamos encerrar aqui este liveblog. Continuamos a seguir os desenvolvimentos da greve dos motoristas num novo liveblog, que pode acompanhar aqui.

    Sindicato desconvoca greve. “Estão reunidas as condições para negociar”, diz Pardal Henriques

  • Dez horas de reunião. Duas propostas. Zero conclusões. Tudo à espera do plenário

    Após dez horas de reunião entre o Governo e o sindicato dos motoristas de matérias perigosas, está (quase) tudo na mesma. No decorrer do encontro, os motoristas apresentaram uma proposta ao Governo (que incluía uma melhoria de 40% num subsídio acordado anteriormente). O executivo – representado pelo ministro das Infraestruturas e Habitação, Pedro Nuno Santos – fez chegar a proposta aos patrões e a resposta não agradou. A ANTRAM, disse a estrutura, não poderia aceitar dar mais do que já tinha negociado e acordado com a FECTRANS e o SIMM. Nenhum destes sindicatos se mantém em greve (a FECTRANS nem assinou o pré-aviso), mas ambos têm filiados que são motoristas de matérias perigosas.

    Ou seja, a ANTRAM rejeitou a proposta do sindicato – como especificou Pedro Nuno Santos – e fez uma contra-oferta: o mesmo acordo que tinha concedido ao SIMM e FECTRANS. O sindicato rejeitou. Pelo meio mais uma dúvida: afinal estamos em greve ou não? Os patrões socorreram-se do comunicado do SNMMP da manhã de sexta-feira e dizem que está suspensa. Afinal de contas, se o sindicato está a negociar com o Governo, então está suspensa. O sindicato diz que a greve se mantém e aponta o dedo à ANTRAM: “Bastava que tivessem estado aqui”.

    Pelo meio, nem o ministro escapou ao fogo dos jornalistas que aguardavam à porta do ministério. Afinal, há greve ou não? Está suspensa? Foi levantada? Ou mantém-se? “Não me podem colocar essa pergunta a mim. Não há figura de suspensão ou de suspensão temporária”. O Governo aponta, isso sim, para o levantamento da greve sem condições. Para Pedro Nuno Santos, ou há cancelamento da greve ou então a greve mantém-se.

    “Continuaremos a apelar à via do diálogo e da negociação, para que a greve possa ser cancelada. É isso que os portugueses desejam”.

    Tudo somado, continuamos à espera do plenário dos motoristas deste domingo à tarde. Hora a que começa? Nem o sindicato o soube dizer esta noite.

  • Custos da greve? "Que eu saiba o Estado não está a gastar mais do que gastaria"

    Já é possível fazer algum balanço do impacto desta greve a nível financeiro para o Estado?, perguntou-lhe uma jornalista. “Que eu saiba o Estado não está a gastar mais do que gastaria. [As forças de segurança] recebem o seu salário. Eu tenho acompanhado esse debate, tenho alguma dificuldade em entendê-lo. O Estado na sua globalidade está ao serviço das populações. Perante uma greve destas, é aqui que nós entendemos que são meios necessários para fazer face ao momento que atravessamos. Isso faz parte do dia a dia da gestão do Estado e do país, esta não é uma situação qualquer. Estamos a usar os recursos do Estado para podermos minorar os impactos negativos da greve na vida dos portugueses.”

    O ministro Pedro Nuno Santos recusou ainda comentar se achava razoável a proposta do sindicato.

  • ANTRAM insiste que greve está suspensa. Ministro e Sindicato nem por isso

    No final da reunião entre o sindicato das matérias perigosas e o Governo, no Ministério das Infraestruturas e da Habitação, a ANTRAM distribuiu um comunicado aos jornalistas que acompanhavam a reunião. Neste documento, no entanto, os patrões insistem que houve uma suspensão da greve, algo que nem o ministro, Pedro Nuno Santos, confirma. Já o sindicato diz que a greve se mantém porque a ANTRAM recusou negociar de viva voz.

    O comunicado da ANTRAM, com vários pontos, indicava o seguinte:

    “A ANTRAM, no seguimento dos contactos encetados pelo Ministério das Infraestruturas e Habitação e considerando o facto de a greve ter, entretanto, sido suspensa pelo único sindicato que a mantêm, vem informar o seguinte:

    1- A ANTRAM, em sinal de boa fé negocial e com vista a desbloquear uma situação que muito prejudica as empresas, os trabalhadores e o país, propõe ao SNMMP as mesmas condições que foram negociadas e aceites pela FECTRANS e pelo SIMM,

    2- Entende a ANTRAM que as medidas constantes daquela proposta, consubstanciam um conjunto de medidas que, indo para além da protocolado no passado mês de maio com os 3 Sindicatos, representa uma enorme valorização das condições salariais e de trabalho dos motoristas.

    3- A ANTRAM quer tratar todos os trabalhadores por igual e, nessa medida, não pode deixar de se disponibilizar para com este sindicato acordar nos moldes que fez com os outros sindicatos.

    4- Queremos acreditar que o SNMMP e os seus associados irão reconhecer o enorme esforço que a ANTRAM e as suas representadas irão realizar ao longo dos próximos 3 anos para conseguirem honrar com aquilo a que se comprometem e que tal proposta representa o limiar máximo da sustentabilidade das empresas e, nessa medida, do emprego.”

    O comunicado é assinado pela direção da ANTRAM.

  • Fé no plenário: "No domingo já são 7 dias, acho que já é demais"

    “No plenário, espero que os motoristas, depois de 7 dias de greve, possam optar pela via negocial. É muito raro serem decretadas em Portugal greves por tempo indeterminado. No domingo já são 7 dias, acho que já é demais. Nós precisamos de nos entender pela via negocial”, insistiu Pedro Nuno Santos.

  • "Não foi possível encontrar solução, mas nós não desistimos"

    “Não se trata de ter a aprovação do governo. Disponibilizámo-nos para fazer este trabalho de mediação. As propostas de cada uma das partes nunca chegaram a ser aceites pela outra. Não foi possível um acordo entre as duas partes”, afirmou o ministro.

    “Cada uma das partes fez propostas que a outra não aceitou. Infelizmente não foi possível encontrar solução, mas nós não desistimos.”, garantiu o governante. Que voltou a picar-se com os jornalistas para o deixarem falar, como já tinha feito na véspera, quando foi anunciada a retirada do SIMM da greve: “Eu preciso de terminar o que estou a dizer.”

  • Pedro Nuno Santos sob fogo dos jornalistas sobre se há greve ou não. O sindicato diz que há greve, os patrões dizem que a greve está suspensa. E o Governo? “Não me podem colocar essa pergunta a mim. Não há figura de suspensão ou de suspensão temporária”.

    O Governo aponta, assim, para o levantamento da greve sem condições. Ou há cancelamento da greve ou então a greve mantém-se.

    “Continuaremos a apelar à via do diálogo e da negociação, para que a greve possa ser cancelada. É isso que os portugueses desejam.

    Suspensão da greve? “Sobre isso, aquilo que sabemos é aquilo que todos os portugueses sabem: o sindicato emitiu um comunicado em que dizia que suspenderia a greve se iniciasse negociações com o governo”.

  • A greve foi suspensa? "Não me pode perguntar a mim"

    “Não me pode perguntar a mim. Sobre se a greve foi suspensa ou deixou de ser, não me pode perguntar a mim, tem de ser ao sindicato”, disse Pedro Nuno Santos.

  • A greve foi suspensa? "Não me pode perguntar a mim"

    “Não me pode perguntar a mim. Sobre se a greve foi suspensa ou deixou de ser, não me pode perguntar a mim, tem de ser ao sindicato”, disse Pedro Nuno Santos.

  • Pedro Nuno Santos: "Ao fim de quase dez horas, houve propostas de parte a parte, mas não foi possível".

    “O sindicato pediu uma reunião, nós organizámos essa reunião e estivemos a trabalhar para tentar encontrar uma saída para esta greve. Ao fim de quase dez horas não foi possível. Houve propostas de parte a parte, mas não foi possível”, lamentou o ministro Pedro Nuno Santos, no fim de uma maratona negocial fracassada.

  • “Não vimos a necessidade de uma reunião”, defendeu o porta-voz da Antram. “Recebemos a proposta do sindicato e fizemos uma contra-proposta”. Tal como o Observador já tinha avançado, a Antram e o Sindicato dos Motoristas de Matérias Perigosas não chegaram a sentar-se à mesma mesa.

  • “O Sindicato tem o direito de recusar a proposta. Mas não há margem de manobra para ir além do acordado com estes sindicatos. Esta é a única proposta que podemos apresentar, porque as empresas estão no seu limite. Não é comportável mais aumentos”, garante Matias Almeida.

  • “A proposta que a ANTRAM apresentou não pode ser discriminatória em relação aos trabalhares de matérias perigosas da FECTRANS e do SIMM”, diz André Matias de Almeida, porta-voz dos patrões. No entanto, o representante da ANTRAM disse que houve avanços na sequência da reunião desta sexta-feira e madrugada de sábado.

    “Pela primeira vez foi possível – com a suspensão da greve – apresentar uma proposta”, disse André Matias de Almeida. Mas greve mantém-se. “Não, segundo o sindicato, a greve está suspensa e foi nessa base que apresentámos uma proposta”.

    Em nenhum momento nas suas declarações, o representante do sindicato, Pedro Pardal Henriques, referiu que a greve tinha sido levantada ou mesmo suspensa. Os motoristas reúnem-se no domingo em plenário, em Aveiras de Cima.

  • "Sindicato quer acrescentar mais 40% a subsídio de 125 euros" - Antram

    O porta-voz da Antram, à saída do Ministério das Infra-estruturas, considerou que não era possível aceitar a proposta do Sindicato de Pardal Henriques. “As empresas não dispõem dessa capacidade financeira. Estamos a falar de proposta de subsídio de 125 euros para 2020. Este sindicato quer acrescentar mais 40% para 2020. é um subsídio que não existia. Mais 40% torna esta situação muito incomportável para as empresas”

  • Fim da greve? "Bastava que a ANTRAM tivesse vindo aqui" diz Pedro Pardal Henriques

    O assessor jurídico do Sindicato dos Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP) volta a acusar a ANTRAM de intransigência e falta de vontade de negociar. “Bastava que a ANTRAM tivesse vindo aqui para que a greve ficasse suspensa”, diz Pedro Pardal Henriques. “Não esteve cá o representante da ANTRAM para que se pudesse fazer uma negociação, para suspender ou levantar a greve”.

    “Trabalhámos todos – o Governo, o mediador e o sindicato – para chegar a uma proposta que fizemos chegar à ANTRAM, mas eles disseram que não iriam analisar nada a não ser a proposta negocial que já tinham assinado com a FECTRANS e o SIMM”. Ou seja, rejeitaram a proposta que o Governo lhe fez chegar. “Numa negociação é preciso que haja cedências de parte a parte. Da ANTRAM não houve nenhuma”.

  • O assessor jurídico do Sindicato dos Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP) volta a acusar a ANTRAM de intransigência e falta de vontade de negociar. “Bastava que a ANTRAM tivesse vindo aqui para que a greve ficasse suspensa”, diz Pedro Pardal Henriques. “Não esteve cá o representante da ANTRAM para que se pudesse fazer uma negociação, para suspender ou levantar a greve”.

    “Trabalhámos todos – o Governo, o mediador e o sindicato – para chegar a uma proposta que fizemos chegar à ANTRAM, mas eles disseram que não iriam analisar nada a não ser a proposta negocial que já tinham assinado com a FECTRANS e o SIMM”. Ou seja, rejeitaram a proposta que o Governo lhe fez chegar. “Numa negociação é preciso que haja cedências de parte a parte. Da ANTRAM não houve nenhuma”.

  • Greve mantém-se após reunião entre sindicato das matérias perigosas e o Governo

    Greve mantém-se após reunião entre sindicato das matérias perigosas e o Governo. Quase dez horas depois de ter começado, o encontro terminou sem que a paralisação fosse levantada. De acordo com informações recolhidas pelo Observador, o sindicato dos motoristas terá rejeitado uma proposta da ANTRAM, a associação dos patrões, e a ANTRAM terá, por sua vez, rejeitado uma proposta do único sindicato ainda em greve. Todas as partes – sindicato, patrões e Governo – vão prestar declarações ao longo da madrugada.

    Segundo a SIC – que esteve desde as 16:00 à porta do ministério das Infraestruturas e Habitação à espera do fim da reunião – a ANTRAM apresentou aos sindicatos a mesma proposta negocial que fechou com a FECTRANS (a estrutura sindical afeta à CGTP que não alinhou na greve de 12 de agosto) e com o SIMM (Sindicato Independente dos Motoristas de Mercadorias), que também assinou o pré-aviso de greve, mas que entretanto desistiu do protesto.

    O Sindicato das Matérias Perigosas e a ANTRAM não estiveram à mesma mesa a negociar, tal como ambos tinham deixado claro que não fariam se a greve se mantivesse. As propostas foram apresentadas ao Governo, que – por sua vez – as fazia chegar à contra-parte. No entanto, o sindicato adiantou na manhã de sexta-feira, em comunicado, que suspenderia a greve caso se iniciassem negociações com o Governo, algo que não fez.

    A ANTRAM terá feito chegar uma proposta no pressuposto de que o sindicato iria suspender a greve, o que também não aconteceu.

  • Deputado do PSD chama "besta" a António Costa depois de declarações sobre a greve

    O deputado do PSD Duarte Marques reagiu no Facebook às declarações de António Costa dirigidas a Rui Rio — chamando-lhe “besta” e comparando-o a Trump e a Bolsonaro. Leia aqui a notícia completa.

    Deputado do PSD chama “besta” a António Costa e compara-o a Trump e a Bolsonaro

  • Proteção Civil já atribuiu mais de 15 mil dísticos a veículos prioritários

    A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil entregou até hoje 15.247 dísticos que permitem o abastecimento prioritário, durante a crise energética, de veículos de entidades públicas ou privadas que prestam serviços públicos essenciais.

    Dados fornecidos à agência Lusa pelo Ministério da Administração Interna (MAI) indicam que na área do ambiente foram emitidos 4.101 dísticos para abastecimento prioritário, nas Infraestruturas e Habitação 3.549, Trabalho e Segurança Social foram atribuídos 2.693, na atividade agrícola 3.020 e na área da saúde 1.629 autorizações.

    Também foram atribuídos 198 dísticos a veículos pertencentes a câmaras municipais e 26 a juntas de freguesia.

    Aos veículos de transporte de valores em viaturas descaracterizadas e ao transporte de geradores móveis para a rede do Sistema Integrado de Redes de Emergência e Segurança de Portugal (SIRESP), em caso de falha da energia nas estações base, foram entregues 31 autorizações.

    No âmbito da situação de crise energética, devido à greve dos motoristas de matérias perigosas, foram considerados veículos equiparados a entidades prioritárias os que prestam serviços públicos essenciais na área da energia, telecomunicações, água para consumo humano, transporte de reagentes e lamas, veículos de instituições particulares de solidariedade social destinados ao apoio domiciliário e veículos destinados ao transporte de leite em natureza e de produtos agrícolas em fase crítica de colheita.

    A Secretaria Geral do Ministério da Administração Interna disponibilizou, no seu sítio na Internet, um formulário através do qual entidades públicas ou privadas não incluídas na Resolução do Conselho de Ministros pudessem solicitar a equiparação de certos veículos a veículos de entidades prioritárias.

    Segundo o MAI, até hoje foram validados pedidos para 1.550 viaturas, de 257 entidades.

    Os motoristas de matérias perigosas encontram-se em greve desde segunda-feira tendo o governo decretado serviços mínimos e posteriormente a requisição civil parcial.

    (Agência Lusa)

  • Costa admite "custo significativo para os contribuintes" como consequência do empenho das Forças de Segurança

    O primeiro-ministro admitiu, esta tarde, que o empenho das Forças Armadas e das Forças de Segurança, na greve dos motoristas, ao longo desta semana tem “um custo muito significativo” para os contribuintes portugueses.

    “É importante que as pessoas percebam que os contribuintes têm suportado um custo muito significativo”, afirmou António Costa, sem enunciar os valores em causa.

    O chefe do Executivo aproveitou a comunicação no final da reunião com Marcelo Rebelo de Sousa para repetir o agradecimento às Forças Armadas e Forças de Segurança, destacando que foi graças ao seu empenho que foi assegurado o “cumprimento da legalidade democrática”. Costa passou depois para os portugueses que, considera, têm “manifestado um civismo exemplar”.

    “A verdade é que ao fim de uma semana em que muitos receávamos que o pais fosse parar, não parou. O esforço final que está a ser feito para seja possível entrar na próxima quinzena de agosto sem mais preocupações nesta matéria [greve]”, disse.

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