Este artigo foi originalmente publicado em 2019 e é agora recuperado para marcar os 60 anos da morte de Marilyn Monroe, a 4 de agosto de 1962.

De Truman a Reagen, de Miles a Sinatra, e ainda de Marlon a Marilyn, o nome que importa para esta história. Com uma carreira de mais 50 décadas de fotojornalismo Leigh Wiener guardou um segredo a sete chaves durante boa parte desse tempo. Foi apenas em 1993, ano da sua morte, que a revelação terá vindo à tona, partilha agora o seu filho, Devick Wiener, cujo testemunho está incluído no documentário em três partes “Scandalous: The Death of Marilyn Monroe”, que se estreia este domingo no canal Fox News.

A notícia da morte da diva Monroe, na sequência de uma overdose de barbitúricos, caiu como uma bomba nesse começo de agosto de 1962 e levou o fotógrafo a correr para a morgue de Los Angeles para tentar ensaiar aquelas que seriam as derradeiras fotos da atriz, já sem vida, e o ambiente em redor — passar-se-iam 24 horas sem que alguém reclamasse o corpo de Monroe.

Devick revela como o pai garantiu o acesso ao local recorrendo a um truque que usava com frequência: subornou os responsáveis com umas garrafas de whiskey, o que lhe permitiu o livre acesso à área. Foi aí que Leigh não poupou nos disparos.

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O produto daquele dia foram cinco rolos cheios de imagens, a assinar a despedida do ícone de “Os homens preferem as louras”. No rescaldo do episódio, o colaborador regular da Life vendeu três desses rolos àquela revista. Mas o que ninguém sabia por essa altura é que em seu poder permaneceram outros dois, com conteúdos bastante mais gráficos e que, segundo o seu filho, Leigh considerou “inapropriados para consumo público” depois de os revelar e analisar — de resto, e para efeito de choque, bastou a célebre imagem que correu mundo da etiqueta no pé de uma já defunta Marilyn Monroe.

O momento em que o corpo da atriz foi retirado da sua casa @ Getty Images

E se Devick conhece a história, o mesmo não pode dizer da localização destas imagens — Leigh morreu em 1993 sem revelar onde as guardou, deixando vivo o decoro e o bom senso.