O colunista britânico Owen Jones, considerado um dos mais influentes comentadores de esquerda no Reino Unido, foi agredido este sábado num bar em Londres, onde se encontrava a celebrar o seu aniversário. De acordo com o jornal britânico The Guardian, onde Jones escreve semanalmente, o colunista conta que as agressões ocorreram por volta das 3h da manhã de sábado e considera que o ataque foi “premeditado”.
“Estávamos a cerca de 30 metros [do bar], a despedir-nos uns dos outros, quando quatro homens se dirigiram a mim. Um deles pontapeou-me nas costas, atirou-me ao chão e começou a dar-me pontapés na cabeça e nas costas, enquanto os meus amigos o tentavam arrastar para fora dali — e foram esmurrados por me tentarem defender”, descreveu Owen Jones.
“Foi claramente um ataque premeditado e eu era o alvo deles. Todos me atacaram a mim e só atacaram os meus amigos quando eles me tentaram defender.”
Six of us left the pub at 3am and were saying our goodbyes 30 metres away, then a group of 3-4 men left the pub, made a beeline for me, kicked me in the back, threw me on the ground, slamming my head, and kicked me in the skull. My friends were punched trying to defend me.
— Owen Jones? (@OwenJones84) August 17, 2019
O colunista britânico lembra, aliás, que ao longo do último ano tem sido várias vezes abordado na rua “por ativistas de extrema-direita” e já sofreu “tentativas de agressão física e insultos homofóbicos”. Por isso, já teve de contactar as autoridades.
Jones considera ter sido alvo de ataques por motivos políticos e diz que o ataque deste sábado resulta do “crescimento de uma extrema-direita reforçada, que é cada vez mais violenta, e que tem como alvos as minorias e as pessoas de esquerda”.
“Estão a ser radicalizados pelos políticos mainstream e por grande parte dos meios de comunicação social”, explica.
A diretora do The Guardian, Katharine Viner, lamentou o ataque e disse que “agressões violentas a jornalistas ou ativistas não têm lugar numa sociedade democrática”. O líder do Partido Trabalhista britânico, Jeremy Corbyn, classificou a agressão como “um ataque à liberdade de expressão e aos nossos valores fundamentais”.