Um ‘mal-entendido’ da organização dos mundiais de canoagem da Hungria atrasou um dia para esta terça-feira a chegada da seleção de Portugal a Szeged, condicionando a sua preparação para o momento decisivo rumo a Tóquio2020.

“Viajar à tarde para chegar à noite e descansar era a nossa ideia. Não sei como foi possível, mas a organização não tinha a informação da nossa chegada. Não encontraram solução e tivemos de improvisar dormida em Budapeste. Só hoje [terça-feira], após o almoço, e depois de vários inconvenientes adiamentos, desbloquearam a situação e viemos para Szeged, a 175 quilómetros”, lamentou Ricardo Machado.

Em declarações à agência Lusa, o vice-presidente da Federação portuguesa referiu que este contratempo, entre outras coisas, “causou natural ‘stress’ e ansiedade” ao grupo e alterou “o plano de treinos e rotina de descanso” para a competição, que principia já na quarta-feira.

“São muitas equipas, 102 países e mais de 1.000 atletas. Pode acontecer… pena que tenha sido connosco. De qualquer forma, isto não nos abate. A equipa está muito bem preparada, confiante e mais do que motivada para lutar pelo apuramento para os Jogos Olímpicos”, completou.

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Teresa Portela em K1 200 e Hélder Silva em C1 200 são os primeiros a entrar em ação, num dia em que Fernando Pimenta vai fazer K1 500, “prova de cujo resultado vai abdicar”.

“Quando o inscrevemos ainda não sabíamos se a prova colidia em termos de horários com os 1.000 metros, que são a prioridade. Como assim é, ele vai apresentar-se, mas ficará pelas eliminatórias”, assumiu.

De quarta-feira a domingo, os mundiais de canoagem definem boa parte das vagas para os Jogos Olímpicos Tóquio2020, sendo que o apuramento terá uma segunda fase, continental, e ainda mais restrita, em maio de 2020.

Com o foco nos Jogos do Japão estão mais de 1.000 canoístas em representação de 102 países.

A Lusa viajou a convite da Federação Portuguesa de Canoagem.