Os representantes britânicos vão deixar de participar na maior parte das reuniões da União Europeia (UE) a partir de 1 de setembro, estando presentes somente nas que “dizem respeito ao interesse nacional”, afirmou esta terça-feira o ministro do Brexit.

“Muitas das discussões nestas reuniões com a UE têm a ver com a União depois da saída do Reino Unido. Libertar os representantes dessas reuniões permite que eles concentrem melhor os seus talentos nas prioridades nacionais imediatas”, afirmou Steve Barclay.

O governo do primeiro-ministro, Boris Johnson, acredita que o tempo vai ser mais bem gasto na preparação do Brexit, agendado para 31 de outubro, apesar do chefe do executivo continuar a assistir ao Conselho Europeu.

Londres assegurou que esta decisão não tem “intenção de interferir com o funcionamento da UE”, dizendo que o “voto britânico seria delegado de modo a não bloquear os assuntos atuais dos outros 27 membros”.

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“A partir de agora, vamos a reuniões que realmente importam, reduzindo a nossa presença em mais de metade e ganhando centenas de horas”, acrescentou.

Boris Johnson, que sucedeu a Theresa May na chefia do executivo a 26 de julho, disse que estava pronto para deixar a União Europeia a 31 de outubro, com ou sem acordo de saída.

A UE tem afirmado repetidamente que não está disposta a renegociar o acordo Brexit que alcançou May.

Na quarta-feira, Boris Johson vai a Berlim encontrar-se com a chanceler alemã Angela Merkel e na quinta-feira a Paris, para reunir-se com o Presidente Emmanuel Macron, de forma a convencê-los a juntarem-se à sua visão do Brexit, antes da cimeira do G7, este fim de semana, em Biarritz, no sudoeste da França.