Para o CDS, a desistência por parte da Altice de enterrar cabos em zonas de incêndios e a denuncia do contrato com a IPTelecom é “o espelho da desorientação do Governo”. E, por isso, Nuno Magalhães garantiu aos jornalistas que o CDS “fez cinco perguntas por escrito” onde pede ao Governo esclarecimentos não apenas sobre a rescisão desse contrato mas também sobre quatro outras questões.

A “rutura total do SEF”, os tribunais “onde os juízes dizem que não há condições na sala de audiências, porque chove” e as forças de segurança que “não têm efetivos para fazer face aos pedidos dos cidadãos” são os restantes temas nos quais se baseia a lista de perguntas, segundo esclareceu Nuno Magalhães aos jornalistas durante a tarde desta quarta-feira na Assembleia da República.

O CDS fez cinco perguntas por escrito, sobre cada uma destas situações, para que o país possa ficar a saber se realmente está seguro, se realmente o Governo está a cumprir a sua tarefa essencial em matérias de segurança e de justiça”, explicou.

Altice denuncia contrato com IPTelecom e desiste de enterrar cabos em zonas de incêndio

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Para o deputado do CDS, todos estes casos são “o espelho do falhanço total do Governo em matérias de serviços públicos em geral e, muito concretamente, em matéria de soberania, em matéria de justiça, em matéria de segurança interna”.

Nuno Magalhães: Governo “infelizmente falhou” na greve dos motoristas

Quando questionado sobre o anúncio de greve ao trabalho suplementar entre 7 e 22 de setembro, feito esta manhã pelo presidente do Sindicato Nacional de Motoristas de Matérias Perigosas, Francisco São Bento, o deputado do CDS diz não responsabilizar o Governo: “Estamos numa situação de privados, onde o Governo, e bem a meu ver, quis ter um papel de intervenção. Nesse sentido, pelos vistos, infelizmente falhou”.

Sindicato dos motoristas de matérias perigosas anuncia greve ao trabalho suplementar entre 7 e 22 de setembro

Além de relembrar a “obrigação” do Governo em mediar as negociações e ajudar a encontrar soluções, o deputado apelou às partes “para que possam, através do diálogo, resolver os seus diferendos”. “Eu creio que os portugueses e a economia nacional já sofreram o suficiente em relação a esta greve. O que eu posso desejar é que esta greve não vá para a frente e que tudo decorra de acordo com a normalidade”, acrescentou.