O Bloco de Esquerda considera incompreensível que as Finanças não autorizem o INEM a “usar o seu próprio dinheiro para investir na emergência médica” e lamenta que o Governo “se comporte como um obstáculo à melhoria” do instituto.

Numa pergunta enviada ao Ministério da Saúde, o grupo parlamentar do Bloco de Esquerda manifesta a sua perplexidade pela não autorização à compra de 75 novas ambulâncias do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) para equipar os postos de emergência médica.

O que está em causa é o uso de dinheiro que é do próprio INEM e que, como se sabe, provém quase exclusivamente de receitas próprias. Não se entende, por isso, qual a razão que leva o Governo a não autorizar o INEM a usar o seu próprio dinheiro para investir na emergência médica”, indica o Bloco de Esquerda.

No documento assinado pelo deputado Moisés Ferreira, a que a Lusa teve acesso, é ainda dito que “está contemplado no Orçamento do Estado para 2019 que o INEM não está sujeito a cativações”.

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“O plano de renovação de frota do INEM (que previa a substituição de cerca de 75 ambulâncias por ano entre os anos de 2018 e 2021) chegou a ser anunciado publicamente pelo próprio Governo como demonstração de investimento na saúde. Não se sabe o porquê de agora destruir tal plano. Será que o seu objetivo era apenas o anúncio, mas a intenção nunca foi concretizá-lo?”, questiona ainda o Bloco.

O partido lamenta que o Governo se comporte como “um obstáculo à melhoria do INEM” e recorda que “continuam a faltar novos concursos para a contratação das centenas de profissionais em falta”.

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