Do lado do Benfica, é a primeira derrota de sempre de Bruno Lage na Liga, a primeira derrota do técnico setubalense em casa em todas as competições e ainda a primeira vez que os encarnados acabam um jogo sem marcar qualquer golo no Campeonato na era Lage. Do lado do FC Porto, também há um marco histórico a assinalar: é a primeira vez que um treinador do FC Porto vence duas vezes o Benfica na Luz. A análise podia ficar por aqui, mas há muito mais para falar. Vamos por partes.

Desde que Bruno Lage assumiu o leme do Benfica, os encarnados entraram numa senda de vitórias que os levaria ao 37.º campeonato. Na Liga, na época passada, o treinador de 43 anos apenas não ganhou ao Belenenses, quando empatou a duas bolas em casa com a equipa azul. Falemos então da mão cheia de vezes que Lage perdeu como treinador do Benfica.

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O técnico encarnado estreou-se nas derrotas frente, precisamente, ao FC Porto — na altura, num jogo para a Taça da Liga (derrota essa que Lage lembrou na conferência de imprensa desta noite). Seguiu-se o Dínamo Zagreb, onde os croatas ganharam por 1-0 em casa para a Liga Europa, o Sporting, com os leões a ganharem por 1-0 em Alvalade para a Taça de Portugal e depois o Eintracht Frankfurt, numa derrota por 2-0 na Alemanha. Com a derrota deste sábado, Lage repete um cromo “negativo” na caderneta: o FC Porto.

Voltemos ao presente e à época 2019/2020. O clássico deste sábado foi negativo para o Benfica em vários aspetos: a começar, claro, pelo facto de ter sido a primeira derrota dos encarnados na época, uma derrota que custa três pontos num Campeonato onde “restam” agora 93. Continuemos: se nos últimos três jogos o Benfica marcou 12 golos (cinco ao Sporting, cinco ao Paços de Ferreira e dois ao Belenenses SAD), este sábado os adeptos não festejaram qualquer tento (e foi a primeira vez no campeonato que aconteceu). Por outro lado, os golos de Zé Luís e Marega foram os primeiros a transpor a baliza de Vlachodimos esta temporada. Mas Bruno Lage garante que não há razão para dramas e que “há que seguir em frente”.

Por fim, nota ainda para o jogo número 200 de Pizzi na Liga e, de jovens a veteranos, as várias estreias em clássicos: Nuno Tavares, Florentino, Baró, Raul de Tomás, Marchesín, Uribe, Luis Díaz e Zé Luís.