Depois de ter decretado lei que permite o combate dos incêndios na Amazónia pelas Forças Armadas brasileiras, o presidente Jair Bolsonaro dirigiu-se à população através de um discurso na TV Brasil, esta sexta-feira no país (já sábado de madrugada em Portugal).
Bolsonaro começou o discurso por sublinhar a importância histórica da floresta Amazónica, e disse que “como militar e homem público”, tem amor e respeita a região, concluindo que é “nosso dever” combater os fogos.
Bolsonaro voltou a citar o “respeito à soberania” do país e disse que “incêndios florestais existem em todo o mundo, não sendo justificativa para sanções internacionais”, numa resposta às críticas do presidente francês Emmanuel Macron.
Bolsonaro aprova decreto que envia Forças Armadas para combate de incêndios na Amazónia
“É preciso lembrar que é nesse sentido que trabalham todos os órgãos do governo”, acrescentou, adiantando ainda que oferecerá ajuda a todos os Estados brasileiros, fazendo referência à Garantia de Lei e da Ordem Ambiental (GLOA).
Bolsonaro entretanto justificou a existência dos fogos na Amazónia nesta altura do ano com o clima que se faz sentir, afirmando que “as queimadas não estão fora da média [de número de casos] dos últimos 15 anos”, admitindo no entanto que o governo brasileiro não está “satisfeito” com a atual situação.
Por fim, disse que “espalhar dados dentro ou fora do Brasil, não contribui” para o combate, apenas para a “desinformação”.
“O Código Florestal [brasileiro] deveria servir de modelo para o mundo”, enfatizou o presidente, garantindo ainda que o Brasil é “exemplo de sustentabilidade” e que há países que não chegaram perto de “cumprir o Acordo de Paris”.
– O Presidente Trump também se colocou à disposição para nos ajudar na proteção da Amazônia e no combate às queimadas, se assim desejarmos, bem como para trabalharmos juntos por uma política ambiental que respeite a soberania dos países.
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) August 23, 2019