O presidente francês, Emmanuel Macron, conversou este sábado com o presidente norte-americano, Donald Trump, durante o almoço, que durou duas horas, sobre “elementos de convergência” relativos ao comércio, ao Irão e aos fogos na Amazónia, indicou a presidência francesa. O encontro decorreu no dia em que arranca a cimeira das grandes potências industriais (G7) em Biarritz, sudoeste de França.

Num almoço “improvisado”, Macron “criou as condições para um bom nível de convergência dentro do grupo, obtendo esclarecimentos de Donald Trump” sobre os principais temas do G7, o que inclui “acordos e desacordos”, precisou o Eliseu antes da abertura oficial da cimeira.

No final do almoço, o presidente dos Estados Unidos da América utilizou a rede social Twitter para escrever que tinha almoçado com Macron. “Há muitas coisas boas a acontecer nos dois países. Um grande fim de semana com outros líderes mundiais”, tweetou.

A Amazónia foi um dos temas que esteve em cima da mesa. De acordo com o Eliseu, foram também aqui encontrados “elementos de convergência importantes”, com Macron a assegurar que não pretende “fazer uma política anti-Bolsonaro, mas uma política útil”.

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Sobre o Irão, Trump “confirmou que não queria uma guerra, mas um acordo”, segundo o Eliseu. Macron apresentou ao homólogo norte-americano a opção de permitir a Teerão, “por um período limitado, uma parte do seu petróleo”, em troca de regressar ao compromisso de não proceder ao enriquecimento de urânio tendo em vista armas nucleares.

Líderes europeus alertam Trump de que guerras comerciais podem arruinar economia mundial no arranque da cimeira

Os líderes europeus reforçaram, desde a chegada de Donald Trump este sábado a Biarritz, que as guerras comerciais podem arruinar a economia mundial.

Macron, que é o anfitrião da cimeira que arranca este sábado, alertou, numa breve alocução televisiva, que “as tensões comerciais são más para todos”.

Mais inesperadamente, o novo primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, também provocou o Presidente norte-americano, com quem, no entanto, ambiciona concluir um acordo comercial após a conclusão da saída do Reino Unido da União Europeia. “Estou muito preocupado (…). Não é uma maneira de fazer”, declarou, aludindo à guerra entre Washington e Pequim.

“As guerras comerciais conduzirão à recessão, enquanto os acordos comerciais impulsionam a economia”, afirmou o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, enquanto Donald Trump desembarcava em França a meio do dia.