A avaliação do estado da Grande Barreira de Coral passou de “pobre” para “muito pobre”, como resultado das alterações climáticas. É essa a conclusão de um relatório da Autoridade do Parque Marinho da Grande Barreira de Coral, na Austrália, que faz uma avaliação do estado de conservação da barreira a cada cinco anos.

“Os impactos significativos e em larga escala das temperaturas recorde da superfície marítima resultaram numa passagem do estado do habitat da barreira de coral de um estado pobre para muito pobre”, diz a agência governamental no relatório, citado pela Al Jazeera. “É urgente tomar ações de gestão fortes e efetivas a uma escala global, regional e local”, pede ainda o organismo, a fim de salvar a maior barreira de coral do mundo, com mais de dois mil quilómetros de comprimento.

[As imagens do estado de conservação da Grande Barreira de Coral:]

O The Guardian explica que o relatório conclui que os corais da Grande Barreira estão afetados e que há uma degradação do habitat que afeta peixes, tartarugas e aves.

A ministra do Ambiente australiana, Sussan Ley, destacou ainda que nos últimos cinco anos a Grande Barreira foi afetada por dois branqueamentos de corais de grande escala, bem como vários ciclones e uma invasão de estrelas-do-mar-coroas-de-espinhos, uma espécie predadora de corais. “Podemos mudar e estamos comprometidos com a mudança”, reforçou a ministra.

Imogen Zethoven, diretora de estratégia da Sociedade Conservadora Marinha da Austrália, tem uma interpretação diferente: “Podemos dar a volta a isto, mas apenas se o primeiro-ministro se importar o suficiente para liderar um Governo que queira salvar [a Barreira]. Salvar significa liderar nesta matéria e conseguir reduzir as emissões de gases de efeito de estufa a nível mundial”, declarou à BBC. “Tivemos dez anos de avisos, dez anos de aumento das emissões e dez anos a ver a Barreira a caminhar em direção a uma catástrofe.”

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