O número de médicos que querem exercer a profissão no estrangeiro disparou em 2018 e 2019. Segundo dados da Ordem dos Médicos, citados pelo Diário de Notícias, só nos primeiros seis meses deste ano, os presidentes das secções regionais receberam 386 pedidos de certificados, o triplo face ao mesmo período do ano passado (130).

Desde 2014 que não pára de subir o número de médicos que querem exercer lá fora, apesar de se ter registado uma ligeira redução em 2016 e 2017. No ano passado, os pedidos ultrapassaram os de 2015 (um recorde de 475) e chegaram aos 555 no total do ano: 269 pedidos assinados no Norte, 31 no centro e 256 no sul. Este ano, só entre janeiro e junho, o número já chegou aos 133 no Norte, 23 no Centro e 230 no sul, ou seja, 386 pedidos no total.

A Ordem dos Médicos acredita que a tendência vai continuar. Carlos Cortes, presidente da secção do centro, defende ao jornal que estes valores refletem “o desânimo e a desmotivação dos jovens médicos que nem sequer colocam a hipótese de fazer a sua formação pós-graduada no SNS ou trabalhar em Portugal.”

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