Quase 30 pessoas morreram na sequência do ataque talibã à cidade Kunduz, no norte do Afeganistão, numa altura em que prosseguem as negociações de paz com os Estados Unidos.

Em comunicado, citado pela agência noticiosa EFE, o porta-voz talibã Zabihullah Mujahid assegurou que os militantes “começaram os ataques contra Kunduz, entrando pelos limites da cidade, desde as quatro direções”.

Segundo a mesma fonte, os talibãs assumiram o controlo de vários postos de segurança e mataram, pelo menos, 10 membros das forças governamentais.

No entanto, as autoridades afegãs garantiram que as forças de segurança estão preparadas para responder aos ataques.

“As forças de segurança estão completamente preparadas. O inimigo atacou os postos das forças de segurança, mas não há razão para preocupações”, disse, em comunicado, o porta-voz da polícia de Kunduz, Sarwar Hussaini.

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Pouco após o início do ataque, comandos da polícia, do exército e das forças especiais foram enviados para as áreas mais vulneráveis da cidade, sublinhou o porta-voz.

De acordo com Hussaini, vários talibãs foram abatidos e os restantes foram expulsos para os arredores da cidade.

A Direção de Segurança Nacional avançou que no contra-ataque das forças especiais, pelo menos, 26 membros da unidade vermelha dos talibãs morreram (forças equipadas com armamento moderno).

O ataque acontece quando prosseguem no Qatar as negociações entre talibãs e o enviado dos EUA para o processo de paz no Afeganistão. As partes assinalaram, nas últimas semanas, que estão perto de um acordo.

Kunduz caiu nas mãos dos talibãs em 2015 e, desde então, foi várias vezes atacada.