O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, disse esta segunda-feira que “há um vento de esperança a soprar” na República Democrática do Congo (RDCongo), pedindo à comunidade internacional que se una para apoiar as autoridades congolesas.

“Nos dois dias que passei em Kivu Norte, vi que há um vento de esperança a soprar na RDCongo, que há uma oportunidade para aproveitar”, começou por dizer Guterres, após uma reunião com o Presidente do país, Félix Tshisekedi, citado pela Rádio Okapi.

O meu apelo para toda a comunidade internacional é que esta se possa unir para apoiar o povo congolês e apoiar as autoridades congolesas para que essa oportunidade seja aproveitada”, continuou o secretário-geral, manifestando a esperança que esta oportunidade se transforme num reforço das instituições, no desenvolvimento sustentável inclusivo, na segurança e na resposta a problemas humanitários.

O secretário-geral das Nações Unidas destacou ainda a importância da oposição, que reforça a democracia e o Estado de direito, e frisou reforço da missão da ONU no país, a MONUSCO, através da sua capacitação e cooperação com as Forças Armadas da RDCongo (FARDC) frente à ameaça do grupo rebelde Forças Democráticas Aliadas (ADF) e o desarmamento de outros grupos armados locais, garantindo que “as Nações Unidas não abandonarão o povo congolês”.

Eu estava no Kivu Norte e pude ver a dimensão da ameaça das ADF e as suas ações terroristas intoleráveis contra o povo congolês. Concordamos que a MONUSCO fortalecerá a sua capacidade de ação em relação às ADF e também fortalecerá a sua cooperação com as FARDC para melhor atender às preocupações de segurança da população diante desta ameaça, que não é apenas congolesa, mas verdadeiramente uma ameaça internacional”, reforçou o português.

Guterres deixou ainda um apelo aos membros de grupos armados para que deixem “as armas e aceitem integrar as comunidades” para que se alcance “um novo Congo”. O secretário-geral da ONU prometeu intensificar a cooperação para o desenvolvimento inclusivo e duradouro da RDCongo. “O Congo tem um enorme potencial de riqueza, e esse potencial deve servir os interesses do povo congolês”, finalizou Guterres.

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