O movimento pró-democracia que tem liderado os maiores protestos em Hong Kong lançou esta terça-feira uma petição para exigir ao governo do território que submeta um relatório sobre direitos humanos na ONU até 28 de setembro.

“O governo de Hong Kong era obrigado a enviar o 4.º relatório à ONU até 30 de março de 2018, mas não o fez até agora”, criticou a Frente Cívica de Direitos Humanos (FCDH), em comunicado enviado à agência Lusa. O mesmo movimento reivindicou que o relatório seja alvo de uma atualização, no qual conste já a situação que se vive em Hong Kong há três meses, marcados por mais de um milhar de detenções e violentos confrontos entre manifestantes e a polícia.

Na petição salienta-se ainda que o Pacto Internacional sobre Direitos Civis e Políticos é aplicável a Hong Kong, conforme delineado na Declaração Conjunta Sino-Britânica e na Lei Básica da cidade.

“Se o governo não enviar o relatório até 28 de setembro, a FCDH recomenda vivamente que o Comité de Direitos Humanos das Nações Unidas realize uma audiência (…) e force o governo de Hong Kong a enfrentar a realidade de que a situação dos direitos humanos [no território] está em declínio e à beira de uma crise humanitária”, sublinhou a FCDH na mesma nota.

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