Helicópteros de emergência, nomeadamente os de combate aos fogos e cuidados de saúde, estão a atrasar a descolagem longos minutos à espera de aeronaves de equipas de paraquedismo turístico. Isso já aconteceu em quatro aeródromos do país, avança esta quarta-feira o Jornal de Notícias.

Nos aeródromos de Évora, Proença-a-Nova, Braga e Viseu, os meios aéreos da Proteção Civil partilham o mesmo espaço com aqueles que promovem a prática de saltos, ligados a empresas turísticas ou de formação. O setor admitiu ao JN que a pista de Évora é a que levanta mais preocupações, já que ali funcionam serviços de saltos, hélis para combate aos fogos, aeronaves de emergência médica em conjunto com órgãos da Unidade de Emergência de Proteção e Socorro (UEPS), além de ter um tanque de combustível para abastecimento.

A Autoridade Nacional da Aviação Civil (ANAC) é responsável pela certificação das empresas que vendem saltos em paraquedas. Contudo, são os diretores dos aeródromos que gerem as operações naqueles espaços.

Durante o verão, a situação tende a piorar com a maior procura pela prática de paraquedismo turístico — ao mesmo tempo em que os serviços de emergência estão concentrados no combate aos incêndios. Segundo o JN, o cenário é agravado porque quando a equipa de salto está no ar, os hélis têm de esperar por até 20 minutos para poderem descolar.

Há duas semanas, uma paraquedista caiu em cima de uma aeronave da empresa HeliBravo, que sofreu danos estruturais que custaram 15 mil euros para reparar — além de prejuízos diários de 6 mil euros pela não prestação de serviço.

No país existem 12 meios aéreos que estão estacionados nos quatro aeródromos referidos — são equipamentos que prestam serviços à ANEPC e ao INEM. Ao mesmo tempo, 10 empresas têm licença para a prática de paraquedismo turístico.

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