Cinco pessoas ficaram feridas na sequência do incêndio que deflagrou nesta quinta-feira no bairro de Penha de França, em Lisboa, e que obrigou à evacuação do infantário e creche da Associação da Penha de França. A confirmação veio do tenente-coronel Tiago Dias, comandante dos Sapadores de Lisboa, em conferência de imprensa no local. Há quatro civis e um bombeiros entre as vítimas ligeiras. E há “edifícios sem condições de habitabilidade”. O incêndio já está em fase de conclusão, mas pelas 23h50 ainda estavam no local 45 bombeiros, apoiados por 16 viaturas.

O incêndio mobilizou durante a tarde 127 operacionais, 38 viaturas e um meio aéreo, segundo dados da Proteção Civil. As chamas atingiram uma zona de mato, mas começaram junto a essa creche, que acolhe crianças até aos três anos.

Em declarações ao Observador, a porta-voz do Exército, a major Elizabete Silva, avançou que há elementos no Exército a auxiliar no combate às chamas. A major desmente que o fogo tenha começado em terrenos militares — uma informação que estava a ser avançada pela RTP. Segundo ela, o fogo está encostado ao Quartel de Sapadores e entrou numa zona militar de descampado, mas essa área já foi apagada.

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O alarme às autoridades foi dado às 12h55. As chamas estavam a evoluir para o lado do rio e não para dentro da cidade. Os bombeiros estão a preparar a defesa dos edifícios nas imediações do fogo que lavra em zona de mato, próximo da Avenida Mouzinho de Albuquerque, na freguesia de São Vicente, em Lisboa. Chegou a haver armazéns em perigo.

Em declarações ao Correio da Manhã, uma residente do bairro afirma que um barracão que estava a ser habitado por uma família de emigrantes foi consumido pelas chamas. Segundo ela, não havia água nas bocas de incêndio que os bombeiros contavam utilizar para apagar as chamas. Outro habitante explicou que o fogo avançou com muita facilidade por falta de limpeza no terreno, mas que os bombeiros reagiram rapidamente. A população também está a ajudar no combate às chamas.

Este incêndio ocorre enquanto o país está em alerta por causa do elevado risco de incêndio. Em Lisboa, o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) lançou um aviso amarelo por causa de tempo quente. O risco de incêndio também varia entre o nível laranja (elevado) e o vermelho (muito elevado), o que levou a Proteção Civil a decretar um alerta laranja à população por causa da alta probabilidade da existência de fogos.

Artigo atualizado às 23h50