O Partido de Renovação Social (PRS) da Guiné-Bissau acusou o primeiro-ministro, Aristides Gomes, de ser responsável pela introdução de cocaína no país e pediu às instâncias judiciais para lhe instaurarem um processo-crime.

Num comunicado, com data de quinta-feira, e a que Lusa teve acesso esta sexta-feira, o PRS apela às “instâncias judiciárias do país a instauração de um processo-crime contra o cidadão Aristides Gomes, responsável número pela introdução de 600 quilogramas de droga em 2006, 800 quilogramas em março de 2019 e este último a rondar as duas toneladas de cocaína pura”.

O PRS, terceira força política do parlamento guineense, pede também ao Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) para “abdicar” de “fazer uso do dinheiro proveniente de origem criminosa nas suas atividades políticas”.

No comunicado, o partido, liderado por Alberto Nambeia, responsabilizam o “Governo de Aristides Gomes e o PAIGC pela introdução sistemática de droga no país em quantidade cada vez mais assustadora e pela consequente deterioração da imagem interna e externa do país”.

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Os renovadores exigem também a anulação “imediata da medida que levou à suspensão dos postos de controlo interurbano, por estar a facilitar a circulação de droga”.

A Polícia Judiciária da Guiné-Bissau anunciou na segunda-feira a apreensão de quase duas toneladas de cocaína, no norte do país. A apreensão recorde, segue-se a outra, de quase 800 quilogramas, ocorrida em março nos arredores de Bissau.

PJ da Guiné-Bissau apreende quase duas toneladas de cocaína e bate novo recorde