Jair Bolsonaro teve uma evolução favorável após uma cirurgia a que foi submetido no domingo passado e deverá reassumir o cargo na sexta-feira, anunciou fonte oficial.

“O Presidente assumirá, a partir de amanhã [sexta-feira], a Presidência da República”, informou esta quinta-feira o porta-voz da Presidência do Brasil, Otávio Rêgo Barros, durante uma conferência de imprensa no Hospital Vila Nova Star, em São Paulo, onde Bolsonaro está internado.

O representante do Governo considerou, porém, que “se, a partir da análise médica, for identificado algum inconveniente para desempenhar efetivamente a posição, haverá naturalmente um adiamento do momento em que a Presidência será retomada, mas, por enquanto, não está previsto um adiamento e a mudança será mantida para sexta-feira”.

Rêgo Barros reiterou ainda que se mantém a viagem para Nova Iorque, onde Bolsonaro fará o discurso de abertura da Assembleia Geral das Nações Unidas, que tradicionalmente compete ao Brasil.

O último boletim médico divulgado pelo hospital Vila Nova Star informou que Bolsonaro apresenta uma “evolução clínica favorável” e que fez uma “recuperação progressiva dos movimentos intestinais”. O cirurgião-chefe da equipa que acompanha Bolsonaro no hospital, Antônio Luiz Macedo, adiantou que foram feitas avaliações ao fígado e rins do Presidente brasileiro, que mostraram que os glóbulos brancos estão em número adequado, sem nenhum sinal de infeção ou de complicação.

Bolsonaro submeteu-se a uma cirurgia no último domingo para corrigir uma hérnia causada pelo enfraquecimento muscular depois de ter sido operado três vezes ao abdómen após ter sido esfaqueado a 6 de setembro do ano passado, quando participava num comício na cidade de Juiz de Fora. As duas primeiras operações foram realizadas quando Jair Bolsonaro ainda estava na campanha eleitoral e a terceira, para a retirada de uma bolsa de colostomia, em janeiro, poucos dias depois de assumir a Presidência do Brasil.

O autor do ataque contra Bolsonaro, Adélio Bispo, foi preso no mesmo dia, mas em junho deste ano a justiça absolveu-o por o considerar portador de problemas mentais.

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