O grupo municipal do presidente da Câmara do Porto, ‘Porto, o Nosso Partido’, convocou uma sessão extraordinária da Assembleia Municipal para o dia 30 que visa discutir o policiamento e tráfico de droga na cidade, foi hoje anunciado.

Em comunicado, o movimento ‘Porto, o Nosso Partido’ defende que o Estado “tem de assumir as suas responsabilidades” e tomar “medidas” para acabar com “clima de intranquilidade” que se vive na cidade do Porto, especialmente relacionado com o consumo e tráfico de droga na via pública.

Entre as reivindicações, exige-se que o Governo de Portugal dote a PSP dos meios necessários para que possa atuar”, adiantam os deputados municipais.

Esta sessão extraordinária da Assembleia Municipal do Porto, agendada para dia 30 de setembro, surge depois de terem sido realizadas, no dia 27 de agosto, intervenções de combate ao tráfico de droga no bairro Pinheiro Torres e Pasteleira Nova, no Porto.

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Nesse mesmo dia, em comunicado, a Câmara Municipal do Porto congratulou-se com a intervenção da PSP nos dois bairros e adiantou continuar “empenhada numa política de firme atuação que passa, nomeadamente, pelo despejo de inquilinos de habitações sociais que venham a ser condenados, em primeira instância, pela prática de tráfico de droga nestas habitações”.

A 28 de junho, o presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, admitiu em reunião do executivo ter a intenção de instalar câmaras de videovigilância no bairro de Pinheiro Torres, onde o aumento do tráfico de droga gerou um clima de medo entre os moradores. No período dedicado ao público, uma moradora daquele bairro, que pediu o anonimato por questões de segurança, garantiu que vive permanentemente num clima de medo face ao aumento do tráfico de droga resultante do processo de demolição das torres do bairro Aleixo.

Já em julho, Rui Moreira anunciou numa reunião do executivo que o Ministério da Administração Interna tinha autorizado “policiamento gratificado” em zonas “particularmente sensíveis” onde o tráfico de droga se reveste de “especial gravidade”.

Em maio, o Bloco de Esquerda denunciou, em reunião da Assembleia Municipal do Porto, que o desmantelamento do bairro do Aleixo estava a conduzir a uma “pulverização” do consumo e tráfico de droga na cidade.

Numa pergunta dirigida ao ministro da Administração Interna, os deputados do CDS-PP eleitos pelo Porto questionaram, em julho, o Governo sobre o reforço de meios policiais nos bairros municipais situados na envolvente do Aleixo, nomeadamente nos bairros de Lordelo, Pinheiro Torres e Mouteira.