O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, admitiu este sábado que possa “haver um ou outro descontente” no partido, mas nunca um descontentamento generalizado ou qualquer movimento de contestação interna.

O jornal Expresso noticia este sábado que, após a Festa do Avante!, começou a circular nas redes sociais um “Manifesto dos Comunistas contra a Geringonça”, que reprova a estratégia seguida pelo PCP nos últimos quatro anos de Governo socialista.

Questionado pelos jornalistas, Jerónimo de Sousa negou qualquer movimento de contestação interna: “Garanto que não. Que não existe. Antes pelo contrário”.

À margem de um encontro em Lisboa com moradores e ativistas pelo direito à habitação, o secretário-geral sublinhou o “bom ambiente” que se sente nesta fase de pré-campanha para as eleições legislativas que se realizam dentro de três semanas.

“Há de facto um bom ambiente e uma saudação muito forte pelo papel que tivemos na política de reposição e conquista de direitos. Essa é que é a matriz fundamental. Pode haver um ou outro descontente, mas não terá muita expressão”, garantiu.

Segundo o Expresso, os subscritores do manifesto, que se assumem como militantes de base do PCP apesar de as primeiras 24 assinaturas surgirem apenas com as iniciais, acusam o partido de estar “a mudar de natureza, virando as costas ao marxismo-leninismo”.

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