Bernardo Silva entrou a pouco mais de dez minutos do fim. David Silva não saiu do banco de suplentes. Sergio Agueor nem sequer tirou o fato de treino. Pep Guardiola lançou Mahrez, o indispensável Sterling e Gabriel Jesus na frente de ataque para visitar o Shakhtar Donetsk e não precisou de se preocupar muito para garantir uma vitória na estreia na Liga dos Campeões.

O atual bicampeão inglês, que na última jornada da Premier League até perdeu com o Norwich, colocou-se em vantagem antes ainda da meia-hora, depois de Mahrez finalizar com uma recarga um remate de Gündoğan de fora de área (24′). Antes do intervalo, o Manchester City avolumou a vantagem por intermédio do próprio Gündoğan e foi para o balneário de consciência totalmente tranquila. Do outro lado, Luís Castro, que está atualmente de forma destacada na liderança da liga ucraniana, pouco mais podia fazer do que limitar os estragos e procurar não sofrer mais golos.

O Manchester City só voltou a marcar já no último quarto de hora, através de um lance em que Gabriel Jesus foi isolado por De Bruyne (76′), mas não deixou fugir a vitória inequívoca e está nesta altura no primeiro lugar do grupo em ex aequo com o Dínamo Zagreb, que bateu a Atalanta. No resumo final da partida, é difícil destacar mais do que o facto de os ingleses serem globalmente, individualmente e claramente melhores do que os ucranianos, tornando complicado para a equipa do português Luís Castro empreender uma reviravolta ou sequer uma reação à vantagem do conjunto de Guardiola.

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Depois de uma temporada em que caiu perante o Tottenham nos quartos de final, depois de uma remontada da equipa de Mauricio Pochettino que vai ficar para os livros de História da Liga dos Campeões, o Manchester City volta a explicar que tem uma palavra a dizer quanto à principal competição europeia de clubes. O grupo de Guardiola, que na época anterior conquistou todos os títulos internos mas continua a desiludir na Europa, parece pronto para enfrentar os habituais candidatos a uma presença na final: e quem sabe se será desta, graças a uma campanha europeia de relevância, que Bernardo Silva poderá intrometer-se nos prémios individuais da próxima temporada.