Nuno Morais Sarmento, vice-presidente do PSD e antigo ministro de Durão Barroso, terá sido uma das 25 pessoas da firma de advogados PLMJ cujos e-mails foram acedidos ilegalmente pelo hacker Rui Pinto. Segundo notícia do jornal Expresso, o ex-secretário de Estado do Trabalho (em governo social-democrata) Luís Pais Antunes também terá sido alvo da sabotagem informática do jovem português que esta quarta-feira foi formalmente acusado pelo Ministério Público.

Este suposto hacker terá acedido ao sistema informático da empresa no dia 26 de outubro de 2018 através de um e-mail com malware enviado para uma advogada da PLMJ, simulando que tinha origem na Direção de Finanças de Lisboa. Ao que tudo indica essa mesma advogada suspeitou da origem do e-mail e pediu ajuda ao apoio informático externo na sociedade de advogados. O encarregado dessa empresa de apoio informático clicou no botão que terá dado acesso a Rui Pinto — por motivos que o MP ainda não sabe explicar.

O motivo para Rui Pinto ter esta empresa na mira está ligado ao que aconteceu um mês antes deste acesso indevido: o Benfica contratou três advogados desta mesma PLMJ para o defenderem em processos judiciais como o do e-toupeira.

Calcula-se que Pinto terá acedido ao e-toupeira para saber a estratégia dos advogados do clube da Luz, bem como consultar interrogatórios dos arguidos em tribunal, autos, diligências da PJ e peças processuais abrangidas pelo segredo de justiça.

Todo este material roubado foi depois divulgado através do blog Mercado do Benfica, também ele criado por Rui Pinto.

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