“Nos vários encontros que tenho com dirigentes europeus e quando estive na direção da ECA, a maioria dos responsáveis ingleses, até espanhóis, franceses com quem falei diziam que era impossível. E nós dizíamos que não sabíamos se era impossível ou não mas que não iríamos fazer nenhum desconto em relação a essa situação. Compreendo o que eles diziam porque aquilo que aparecia do João Félix no imediato era um jogador que tinha feito seis meses no plantel A do Benfica. Podiam conhecer um bocadinho melhor mas basicamente estavam ali a comprar um futuro, numa linguagem económica, e é muito difícil estar a pagar 120 milhões por um futuro. Houve um clube, que foi o Atl. Madrid, que se destacou do ponto de vista de crença, sobretudo o seu presidente. E quando digo uma crença é mesmo uma crença. Estive com ele em várias ocasiões e acreditava de uma forma quase cega no valor do João Félix. Acho que o tempo já lhe deu razão e vai dar ainda mais razão em termos futuros”.

“Temos no plano que devíamos ir buscar um craque reconhecido. Mas esses querem vir?”. A entrevista com Soares Oliveira

Em entrevista ao programa “Nem tudo o que vem à rede é bola” da Rádio Observador, Domingos Soares Oliveira, administrador da SAD do Benfica, explicou alguns dos contornos daquela que ficou como uma das maiores transferências de sempre do futebol mundial descrevendo de forma mais pormenorizada a convicção de Enrique Cerezo, presidente dos colchoneros, no sucesso que o jovem avançado poderia ter no clube – mesmo sabendo que teria de haver o habitual período de adaptação a uma nova realidade. Ainda assim, o internacional português continua a queimar etapas e lá vai mostrando que é mais do que uma crença.

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Depois da derrota com a Real Sociedad no País Basco e do empate caseiro sem golos frente ao Celta de Vigo, o Atl. Madrid voltou a ganhar na Liga espanhola em Maiorca e João Félix voltou a marcar, apontando o segundo golo na competição (o primeiro tinha sido em casa com o Eibar) naquele que foi também o segundo golo do conjunto da capital espanhola que praticamente sentenciou um encontro onde a equipa de Simeone tinha saído para o intervalo a vencer já por 1-0 com um golo de Diego Costa.

João Félix teve antes uma boa oportunidade para marcar, bem travada por Manolo Reina, e seria substituído pelo médio Marcos Llorente a sete minutos do final de um encontro que acabaria por ficar marcado pela expulsão de Álvaro Morata com dois cartões amarelos quase seguidos apenas oito minutos depois de ter substituído Diego Costa, num momento que acaba por afastar o internacional espanhol do jogo frente ao Real Madrid da próxima jornada (sábado, 20 horas).