Os rebeldes Huthis, apoiados pelo Irão na guerra do Iémen, afirmaram este sábado ter capturado um “grande número” de militares sauditas durante uma operação em Nayrán, no sul da Arábia Saudita, fronteira com o Iémen, que durou três meses.

A guerra no Iémen, que começou em meados de 2014, opõe os rebeldes Huthis ao Presidente Abd Rabbo Mansur Hadi, que é ajudado, desde março de 2015, por uma coligação internacional liderada pela Arábia Saudita.

A operação resultou na “queda total de três brigadas militares das forças inimigas, com todo o seu equipamento militar e a maioria dos militares e comandantes”, garantiu o porta-voz militar os Huthi, Yahya Sarea, num comunicado transmitido pelo canal Al Masura, liderado pelos rebeldes.

Até ao momento, a aliança liderada pela Arábia Saudita não comentou a informação. O anúncio é feito quatro dias depois de os Huthis terem divulgado que um ataque da coligação liderada por Riade matou 16 mortos no Sul do Iémen, entre os quais sete menores.

O conflito do Iémen já causou dezenas de milhares de mortos, obrigou milhões a abandonarem as suas casas, tendo sido classificado pela ONU como a pior crise humanitária do mundo. A tensão na região intensificou-se depois do ataque com ‘drones’ e mísseis contra a petrolífera Aramco, em território saudita, no passado dia 14 de setembro. O ataque foi reivindicados pelos Huthis, mas a Arábia Saudita e os Estados Unidos afirmaram que os disparos partiram do Irão.

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