Poucos meses de diferença, muitas alterações sobretudo numa das equipas: a época nacional de basquetebol teve este domingo o seu arranque com a campeã Oliveirense a defrontar o vencedor da Taça FC Porto, naquela que foi também a reedição da última final da competição rainha, e com a curiosidade paralela de perceber a real valia das caras novas nos dois conjuntos, sobretudo do conjunto de Oliveira de Azeméis que sofreu várias baixas importantes inclusive para rivais diretos na luta pelo título como o Benfica ou o regressado Sporting.

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No final, a vantagem confortável (92-69) com que o FC Porto conquistou a sétima Supertaça do seu historial (a última tinha sido em 2016, frente ao Benfica) acabou por mostrar como a Oliveirense tem ainda um longo caminho a percorrer até estabilizar uma equipa quase nova e que vale bem mais do que fez sobretudo na segunda parte e, em paralelo, como os dragões podem ter outros argumentos para lutarem de forma mais afirmativa pela vitória no Campeonato, com as boas indicações de Tanner McGrew, Max Landis e Preston Purifoy.

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Depois de um início equilibrado, com vantagens alternadas mas sempre na casa dos dois/quatro pontos, a equipa de Norberto Alves conseguiu algum avanço com triplos de João Grosso e Milik Yarbrough que valeram o curto avanço de dois pontos no final do primeiro período (21-19). Nos dez minutos seguintes, a tendência manteve-se mas com o FC Porto a ser mais forte em determinados momentos, ganhando ao intervalo por 41-39.

Tudo apontava para que o cariz da partida se mantivesse mas o terceiro período acabaria por marcar e muito o que seria esta Supertaça: a fazer prevalecer o poderio na luta nas tabelas, a melhorar a agressividade defensiva e a ter uma melhor eficácia de lançamento, os azuis e brancos conseguiram uma exibição bem mais sólida e colocaram a vantagem acima dos dois dígitos em alguns momentos, desequilibrando uma partida talhada até aí para ser levada até aos últimos minutos com tudo em aberto. A Oliveirense ainda conseguiu reduzir nos derradeiros minutos mas Tanner McGrew, americano que é uma das caras novas para a presente época, e Brad Tinsley levaram o jogo para o maior avanço registado até esse momento de quase 20 pontos (68-50).

Entre faltas técnicas por protestos, lançamentos forçados sem sucesso e demasiada permeabilidade defensiva, a campeã Oliveirense não mais conseguiu voltar a entrar no jogo e seria o FC Porto a adensar a sua superioridade na partida disputada num Pavilhão dos Desportos de Vila Real praticamente cheio, terminando com um avanço acima dos 20 pontos que mostrou a superioridade dos dragões mas não traduziu o equilíbrio até ao intervalo.