Os franceses concentraram-se este domingo em Paris para homenagear o ex-presidente Jacques Chirac, para uma iniciativa popular na véspera da cerimónia oficial.

A homenagem ao dirigente que marcou a vida política do país durante quarenta anos, amplamente elogiada desde a sua morte, na passada quinta-feira, começou com uma cerimónia inter-religiosa diante dos seus restos mortais. Logo de manhã, foram muitos os franceses que começaram a passar em frente ao caixão, exposto à entrada da Catedral de Saint-Louis des Invalides. Muitos aguentaram largos períodos à chuva para poderem prestar a última homenagem a Chirac.

Entre quinta-feira e sábado, cerca de 5.000 pessoas, algumas das quais muito jovens, acorreram para assinar registos de condolências no palácio presidencial do Eliseu, expressando a sua “ternura” e admiração pelo homem que lançou, em 2002, um programa de luta contra as alterações climáticas, recusou fazer entrar a França na segunda guerra do Iraque, em 2003, ou reconheceu a responsabilidade da França na deportação de judeus.

Jacques Chirac, que nunca foi tão popular como depois de se retirar da política, é agora considerado pelos franceses como o melhor Presidente da Quinta República (desde 1958), empatado com Charles de Gaulle, segundo uma publicação do Sunday Journal. Muitos preferem ignorar o balanço de 12 anos em processos judiciais daquele que, em 2011, veio a ser o primeiro ex-chefe de Estado francês condenado em processos criminais por emprego fictício na câmara de Paris.

Jacques Chirac morreu na quinta-feira, aos 86 anos. Chirac, que assumiu a Presidência francesa entre 1995 e 2007, encontrava-se doente há vários anos e estava afastado da vida pública.

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