As operações de contagem dos votos decorrem este domingo no Afeganistão, após uma eleição presidencial realizada sem grandes incidentes, mas marcada por uma abstenção aparentemente recorde e muitos pequenos ataques de talibãs.
Cerca de 9,1 milhões de eleitores deslocaram-se às urnas para eleger o chefe de Estado entre 18 candidatos, com dois favoritos, o atual Presidente, Ashraf Ghani, e o primeiro-ministro, Abdullah Abdullah.
O escrutínio decorreu sem atentados mortais de grande dimensão, como, por exemplo, o que provocou 26 mortes a 17 de setembro.
O ministro do Interior, Massoud Andarabi, anunciou no sábado cinco mortos entre as forças da ordem e 37 feridos civis, em diversos ataques atribuídos a talibãs. Um número que poderá aumentar, a julgar pelo cenário de anteriores eleições.
A participação poderá ser a mais baixa dos quatro escrutínios presidenciais realizados desde 2004.
A Comissão Eleitoral anunciou este domingo que, segundo os números disponíveis para metade das assembleias de voto (2.597 em 4.905), pouco mais de 10% dos eleitores (1,051 milhões) depositou o boletim na urna.
A taxa de participação mais baixa registada até aqui foi de 38%, na primeira volta das presidenciais de 2009.
Haroun Mir, observador independente em Cabul, minimizou as consequências de uma fraca taxa de participação, considerando que o próximo Governo terá “um mandato mais forte do que o atual”, porque as eleições são “muito mais claras que do que as anteriores”.