O primeiro-ministro, António Costa, esteve este domingo ao telefone com o presidente do Governo dos Açores, Vasco Cordeiro, a propósito do furacão Lorenzo, que deverá atingir o arquipélago na quarta-feira, tendo disponibilizado todo o apoio necessário.

De acordo com o gabinete de Vasco Cordeiro, o primeiro-ministro, “além de ter disponibilizado todo o apoio que vier a ser necessário”, inteirou-se “das medidas que já foram desencadeadas, assim como daquelas que serão implementadas nos próximos dias face ao previsto agravamento da situação meteorológica na região”.

Na manhã desta segunda-feira, um grupo de 25 bombeiros de corporações da ilha de São Miguel parte para reforçar os efetivos de bombeiros das ilhas das Flores, Pico e Graciosa.

Vasco Cordeiro esteve este domingo, tal como no sábado, reunido com diversos membros do seu executivo, num encontro de “coordenação e preparação das medidas que estão a ser implementadas” para enfrentar o furacão que se perspetiva.

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“Face à possibilidade da passagem deste furacão na próxima quarta-feira, estão a ser tomadas diligências nas áreas das obras públicas, transportes, solidariedade social, habitação, saúde e educação, entre outros setores, além do trabalho que está a ser desenvolvido pelo Serviço Regional de Proteção Civil e Bombeiros dos Açores”, diz o gabinete do chefe do executivo açoriano.

Na última comunicação do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), enviada às redações ao começo da noite deste domingo, é referido que o furacão Lorenzo encontrava-se aproximadamente a 2.000 quilómetros a sudoeste dos Açores, deslocando-se para norte/nordeste a uma velocidade de 17 km/h.

Mantendo-se as previsões da trajetória, diz a entidade, o centro do furacão deverá passar muito próximo do grupo Ocidental dos Açores, formado pelas ilhas das Flores e do Corvo, afetando assim todo o arquipélago na quarta-feira.

Para o grupo Ocidental é esperado “vento de sueste rodando para noroeste com rajadas na ordem dos 180 km/h (com uma probabilidade de 20% de a rajada máxima ser superior a 200 km/h), chuva forte e ondas de sudoeste com altura significativa entre 10 a 12 metros”.

Já para o grupo Central dos Açores, formado pelas ilhas do Faial, Pico, São Jorge, Terceira e Graciosa, preveem-se “rajadas até 180 km/h (com uma probabilidade de 40% de a rajada máxima ser superior a 200 km/h, especialmente nas ilhas Faial, Pico e Graciosa), chuva forte e ondas de sudoeste com altura significativa entre 10 a 14 metros, com altura máxima de onda superior a 20 metros”.

São Miguel e Santa Maria, as ilhas que formam o grupo Oriental do arquipélago, devem ter vento com rajadas até 100 km/h e ondas de altura significativa de sete a nove metros.

Contudo, e devido à distância a que o furacão se encontra, o IPMA assinala que “existe ainda incerteza relativamente à trajetória exata e respetiva intensidade com que poderá atingir o arquipélago”, até porque “está prevista uma diminuição da intensidade do furacão nos próximos dias”.

O furacão é de categoria 4 na escala de Saffir-Simpson, que oscila entre 1 e 5 e classifica a intensidade dos fenómenos desta natureza.