O ministro da Administração Interna de Cabo Verde assinou, na terça-feira, um acordo formal de cooperação da Polícia nacional com a Polícia de Boston, nos Estados Unidos, para o reforço de treino e a partilha de informações.

Em declarações à agência Lusa, o primeiro-ministro de Cabo Verde, Ulisses Correia e Silva, disse que o acordo vai permitir o “reforço da capacidade em termos de treino, formação, capacitação, mas também de meios de apoio tecnológicos, de sistemas de informação” com a cidade de Boston, no estado de Massachusetts, que recebe muitos imigrantes e descendentes cabo-verdianos.

O primeiro-ministro declarou que o acordo vai englobar “tudo o que possa reforçar a nossa capacidade de intervenção, quer preventiva, quer em termos de ação policial, para melhorarmos o quadro de segurança”.

A cerimónia de assinatura decorreu na terça-feira, no Cabo Verde Investment Forum, em Boston, e estava a ser preparada há mais de um ano, desde a visita a Cabo Verde do comissário da Polícia de Boston, William Gross, em janeiro de 2018.

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O ministro da Administração Interna cabo-verdiano, Paulo Augusto Rocha, disse à Lusa que o acordo vem formalizar uma cooperação que já existe e tornar mais forte a relação com a Polícia de Boston, onde trabalham muitos descendentes cabo-verdianos como agentes da autoridade.

O que se pretende é formalizar um acordo que já existe de certa forma na prática e criar um mecanismo de partilha de informação e partilha de experiência”, afirmou Paulo Augusto Rocha.

O Ministério da Administração Interna de Cabo Verde prevê, assim, um estreitamento das relações entre os dois departamentos e, “sobretudo, uma parceria forte com os Estados Unidos em matéria de segurança, em matéria de prevenção da criminalidade e partilha de informações”.

O acordo vai aumentar possibilidades de intercâmbio de agentes entre as autoridades e poderá ser levado a outras áreas, como a cooperação entre corpos de bombeiros, que já está a ser estudada.

Paulo Augusto Rocha salientou que os departamentos querem “criar condições para uma partilha” num mundo global, onde “as ameaças também são globais”.

“É importante estarmos sintonizados, principalmente com (…) o departamento de polícia mais antigo dos Estados Unidos, com uma grande experiência em matéria de policiamento de proximidade, que é um tema em que temos estado muito engajados e a pôr em prática em Cabo Verde”, disse o ministro da Administração Interna.