O aumento das rendas das casas está a levar a uma crescente falta de professores nas escolas, especialmente em Lisboa, Setúbal e Algarve. Vários professores e sindicatos têm denunciado esta situação, indica o Correio da Manhã. As disciplinas mais afetadas pela situação, acrescenta o mesmo meio, são Geografia, Informática, Línguas e História.

Para vários professores do Norte, por exemplo, o valor das rendas das casas impede que possam aceitar um horário incompleto em Lisboa e no Algarve, uma vez que, pesados todos os fatores, não compensa. “Os horários que agora aparecem são temporários e não vale a pena correr riscos para ganhar meia dúzia de tostões e pagar rendas muito caras”, indicou Filinto Lima, presidente da Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas (ANDAEP), ao Correio da Manhã.

Pedro Tildes, diretor da Escola Secundária Du Bocage, em Setúbal, refere que se está a verificar na  sua escola o mesmo problema do ano passado: “Ainda nos faltam professores de Francês, Geografia e Filosofia. Em Setúbal não há uma única escola com todos os professores colocados”.

Uma das soluções para esta situação, acrescenta Filinto Lima, poderia passar pelo financiamento das deslocações destes professores. O responsável questionou: “Por que motivo os professores não têm direito a receber um subsídio para trabalhar longe de casa como acontece com juízes e médicos?”.

De acordo com dados da Fenprof, este ano letivo foram contratados 16.009 professores. Já o número de candidatos ainda por colocar nas escolas era de 17 mil no ano passado e 14 mil este ano.

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