O ex-secretário de estado da Proteção Civil — a mais recente demissão no Governo de Costa por causa do caso das golas inflamáveis — atribuiu um louvor ao seu ex-adjunto Francisco Ferreira, uma das pessoas constituídas arguidos. O louvor foi feito a 18 de setembro — dia em que José Artur Neves se demitiu na sequência das buscas realizadas ao Ministério da Administração Interna e à Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) —, mas só foi publicado em Diário da República esta quinta-feira.
O ex-secretário de estado da Proteção Civil considerou que é “de elementar justiça manifestar reconhecimento e público louvor a Francisco José da Costa Ferreira”. Artur Neves destacou o líder do PS/Arouca e ex-padeiro como um “valioso ativo do Gabinete, pelo seu elevado sentido de dignidade e lealdade, aliado à competência profissional e zelo demonstrados no exercício das funções que lhe foram cometidas”.
Demonstrou ainda excelsas qualidades pessoais e sociais, assim como sólidos conhecimentos e experiência de que deu prova em funções tais como a rigorosa organização logística de eventos ou deslocações e planeamento em ações no exterior, o eficaz apoio nas áreas de comunicação e interlocução com os diversos parceiros com que o Gabinete colabora e o eficiente acompanhamento ao nível da execução de medidas de modernização administrativa da área governativa no MAI no âmbito do programa SIMPLEX+”, lê-se ainda.
Este foi um dos 12 louvores atribuídos nesse dia, por Artur Neves, a adjuntos civis e militares, técnicos, secretárias pessoais e até a motoristas. Além de Artur Neves, também o presidente de Proteção Civil, Mourato Nunes, foi constituído arguido neste processo.
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