O homem que esfaqueou esta quinta-feira mortalmente quatro pessoas na sede da polícia de Paris, antes de ser abatido, “tinha-se convertido ao islamismo há 18 meses”, indicou uma fonte próxima do processo, citada pela agência France Presse (AFP). A fonte não é identificada pela agência noticiosa francesa.

O atacante está a ser identificado como um homem de 45 anos, natural de Martinica (Antilhas francesas), que era um funcionário civil administrativo (informático) nos serviços de informação na sede da polícia de Paris. O homem era surdo-mudo.

Paris. Quatro polícias mortos por atacante que já foi abatido

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O procurador de Paris, Remy Heitz, anunciou, entretanto, que as autoridades abriram uma investigação ao ataque, cujas motivações ainda se desconhecem. As vítimas mortais são três homens e uma mulher.

A agressão ocorreu cerca das 13h locais (12h em Lisboa) e, segundo a agência AFP, os investigadores exploram a pista de um conflito pessoal.

O Presidente francês, Emmanuel Macron, também se deslocou ao local do ataque, localizado no centro histórico da capital francesa, perto da Catedral de Notre-Dame e em frente do Palácio de Justiça, para “mostrar apoio e solidariedade a todos os funcionários”.

O ataque ocorreu um dia depois de uma manifestação de cerca de 20 mil polícias em Paris, numa “marcha da ira”, mobilização inédita há 20 anos.

Os três principais sindicatos da polícia francesa convocaram o protesto para travar os suicídios no seio da corporação e reivindicarem melhores condições de trabalho.