Muitos fiéis do território manifestaram “reações de descontentamento” sobre as imagens projetadas nas Ruínas de São Paulo, por ocasião dos 70 anos da República Popular da China, indicou a diocese de Macau.

“Sobre o conteúdo do espetáculo, foram manifestadas muitas reações de descontentamento por parte dos fiéis locais e de diferentes nacionalidades, por acharem que o uso dos monumentos históricos deve corresponder ao fim a que os mesmos se destinam”, de acordo com um comunicado publicado na página da rede social Facebook.

Naquele que é um dos marcos icónicos da cidade, foram projetadas, entre domingo e terça-feira, imagens das ruas de Macau, mas também da praça de Tiananmen, em Pequim, num de muitos eventos para assinalar os 70 anos da República Popular da China, fundada em 1 de outubro de 1949.

Para a diocese, a fachada das Ruínas de São Paulo “engloba um rico significado histórico e religioso” e que, embora já não sendo propriedade da diocese, é há muitos anos “símbolo da presença da fé católica” no antigo território administrado por Portugal. Assim, na ocorrência de futuros espetáculos de vídeo mapping, a diocese propõe que o “conteúdo deve estar relacionado com o contexto religioso dos monumentos”.

Na mesma nota, a diocese mostra-se “disposta a colaborar com os respetivos serviços públicos, em diálogo e troca de impressões, no sentido de preservar e promover em colaboração com as autoridades locais, o precioso património histórico de Macau”.

O espetáculo de vídeo mapping foi organizado pela Direção dos Serviços de Turismo de Macau, no âmbito das comemorações do 70.º aniversário da fundação da República Popular da China.

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