A derrota da Oliveirense nos quartos da Elite Cup frente à Juventude de Viana evitou um primeiro cruzamento da equipa com o FC Porto na pré-temporada (que viria a ganhar a competição frente ao Sporting) e ainda houve pelo meio a Taça Continental com os dragões a defrontarem Lleida (7-0) e Sporting (2-3) mas era na equipa de Renato Garrido que estavam centradas as atenções na Supertaça, pelo objetivo de conquistar pela primeira vez o troféu após cinco finais perdidas (três contra os azuis e brancos). Dentro do equilíbrio, ficou próxima mas não conseguiu inverter a tendência: os dragões venceram por 6-4 e conquistaram a 23.ª Supertaça em 37 edições da prova, naquele que foi o quarto sucesso consecutivo do FC Porto depois das finais com Benfica, Sp. Tomar e Sporting.

Quando é Super, a taça tem dono: FC Porto vence Sporting e conquista 22.º troféu em 36 edições

O encontro começou logo com um golo e do conjunto de Oliveira de Azeméis, na sequência de uma combinação entre Xavi Barroso e Jorge Silva concluída à boca da baliza pelo internacional português (2′). Os dragões tentaram desde logo reagir mas Nelson Filipe, guarda-redes que trocou este ano os portistas pela Oliveirense, foi mantendo a sua baliza a salvo de todas as investidas até aos dez minutos, altura em que o FC Porto conseguiu mesmo o empate num lance confuso “a meias” entre Rafa e o reforço francês Carlo Di Benedetto.

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O equilíbrio era a nota dominante da final no Pavilhão Mário Mexia, em Coimbra, até entrar em ação a importância das bolas paradas e da sua eficácia: de grande penalidade, Sergi Miras adiantou pela primeira vez os campeões nacionais na partida (16′). Tudo apontava para que o FC Porto conseguisse ir para o intervalo em vantagem no marcador mas, a menos de dois minutos do descanso, Marc Torra conseguiu encontrar espaço na área para um remate sem hipóteses para Xavier Malián que fez o 2-2 que se registava no final dos 25 minutos iniciais.

A tónica do equilíbrio manteve-se para o segundo tempo, num encontro onde o conhecimento das equipas acabou por ir fazendo a diferença até chegarem de novo as bolas paradas que trouxeram mais golos a esta final: Marc Torra aproveitou a décima falta dos azuis e brancos para recolocar a Oliveirense na frente (31′) mas, pouco depois, Sergi Miras atirou um míssil que Nelson Filipe mal viu entrar na baliza para restabelecer o empate (35′). Estava tudo em aberto e foi mesmo a eficácia nas bolas paradas que desequilibrou a partida: Cocco aproveitou a décima falta para fazer o 4-3 de livre direto (45′), Torra desperdiçou um livre direto pela 15.ª falta (45′).

Os últimos minutos tiveram maior intensidade, menor qualidade técnica e muitos protestos à mistura, com o banco e os adeptos da Oliveirense a contestarem algumas decisões da dupla Miguel Guilherme/Luís Peixoto, e o FC Porto aproveitou para resolver de vez a questão com dois golos de Gonçalo Alves num minuto (49′), já depois de Di Benedetto ter desperdiçado um livre direto. Marc Torra, no seguimento de uma grande penalidade, completou o hat-trick e reduziu para 6-4 no último minuto, quando já se festejava no banco e nas bancadas o triunfo portista.