Momentos-chave
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  • Fechamos aqui o liveblog que acompanhou os momentos mais importantes das eleições.

    Bom dia!

  • Pequenos partidos em grande: acumulam mais de 500 mil votos, 10% do total

    Os pequenos partidos acumularam 549.244 votos nestas eleições, dispersos por 16 partidos, incluindo o PAN (que obteve 166.854 votos e tem agora apenas menos um deputado do que o CDS), e as três forças políticas que entram pela primeira vez no Parlamento: Chega, Iniciativa Liberal e Livre. No total, são 10% dos cerca de 5 milhões de votantes — em conjunto, seriam a terceira força mais votada. O aumento de votos nas forças políticas não habituais é substancial — mais 167 mil do que nas eleições de 2015.

    Além de mais votos, nestas eleições houve também maior aproveitamento: os partidos que não conseguiram qualquer assento parlamentar acumularam 194.777 votos, muito menos do que os 307.202 de 2015.

  • Começa agora a prova dos nove. O filme da noite eleitoral.

    Começa agora a prova dos nove. O filme da noite eleitoral

  • Um PS reforçado, uma “geringonça” a perder peças, novos partidos e peças sobressalentes. As eleições trouxeram novidades ao Parlamento e ainda não é claro se Costa governa sozinho ou acompanhado.

    Este é o “manual de instruções” para entender o que aí vem.

    Votos contados. E agora? Manual de instruções para entender o que aí vem

  • Soma de nulos e em branco acima dos votos do CDS-PP e do PAN

    A soma dos votos em branco e nulos registados nas eleições legislativas deste domingo representa mais do que a votação no CDS-PP e no Pessoas-Animais-Natureza (PAN). Mais de 129.500 mil pessoas votaram em branco nas eleições legislativas e os votos nulos foram superiores a 88.500.

    Em conjunto, os nulos e brancos somam mais de 218 mil votos, acima dos 216.448 votos do CDS-PP, com cinco deputados eleitos, e dos 166.854 eleitores que votaram no PAN, que elegeu quatro deputados para o parlamento. Em termos percentuais, os votos brancos representaram 2,54% do total, mais do que os três novos partidos que elegeram um deputado. Já os nulos representaram 1,74%.

    Comparando com as legislativas de 2015, o número absoluto de votos brancos e de votos nulos aumentou. Também em percentagem, a votação em branco e nula subiu nas legislativas de domingo.

    Lusa

  • Está tudo em aberto mas PS deve começar por negociar com PCP e BE, dizem politólogos

    O Partido Socialista vai ter como estratégia inicial “ensaiar compromissos” com PCP e BE, mas ainda está tudo em aberto devido ao reforço do PAN e novos partidos no parlamento, segundo politólogos contactados pela Lusa.

    “O que será seguramente a estratégia de António Costa será encetar negociação formais ou informais com os partidos que até agora apoiaram o seu Governo, como o BE e PCP”, disse à agência Lusa António Costa Pinto, investigador coordenador no Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa (ICS-UL), acrescentando que isso “será do interesse do PS”.

    Com o resultado destas eleições, sustentou António Costa Pinto, o PS sai como partido maioritário o que “aumenta a margem de manobra para decidir a formação de Governo” e, simultaneamente, “ensaiar negociações para acordos parlamentares com os partidos à sua esquerda”. Segundo o investigador, estes acordos “podem não passar por compromissos escritos”. António Costa Pinto sublinhou também que existe expectativa sobre o que o Presidente da República vai dizer, considerando que a preocupação de Marcelo Rebelo de Sousa “será de encontrar soluções que deem garantias de estabilidade política para os próximos anos”. O investigador do ICS-UL frisou que nestas eleições legislativas não existiu o “voto útil”, tanto à direita, como à esquerda.

    “À direita houve uma recuperação eleitoral do PSD por parte de Rui Rio, retirando do chamado abstencionismo intermitente uma parte do eleitorado do PSD que se preparava para se abster, perante a vitória anunciada do PS”, disse.

    Este politólogo adiantou que, à esquerda, existiu a tendência que confirmou “a ideia de que o eleitorado de esquerda gostou da ‘geringonça’” e dos compromissos feitos nos últimos quatro anos e “fez com que o PS não obtivesse voto útil à esquerda do seu próprio eleitorado”. “Isso foi claro na sobrevivência do PCP, apesar de ter diminuído um pouco, e foi claro também no BE, que manteve no fundamental os resultados eleitorais de 2015”, afirmou.

    Por sua vez, a também investigadora do ICS-UL Marina Costa Lobo destacou à Lusa o reforço do PAN (Pessoas-Animais-Natureza) e a entrada no parlamento do Livre, Iniciativa Liberal e Chega. “Temos alguma fragmentação adicional, isto deixa tudo em aberto para António Costa poder negociar um Governo de coligação ou de incidência parlamentar”, notou.

    Marina Costa Lobo considerou que António Costa vai começar por falar com os maiores partidos de esquerda, a CDU e o Bloco de Esquerda, que foram os seus parceiros nos últimos quatro anos, sendo essa “a sua disposição geral”, mas alertou que “é demasiado cedo”.

    “Não quero fazer prognósticos sobre isso, ainda está tudo demasiado em aberto. Não houve maioria absoluta, o que é um sinal que a campanha não correu particularmente bem ao PS, há um reforço, mas não há um enorme aumento e também não há um enorme aumento do BE e a CDU perde bastante”, sustentou. Nesse sentido, salientou que a ‘geringonça’ vai ter que pensar “um pouco como é que pode garantir a estabilidade daqui para frente”, uma vez que “não há soluções evidentes e há coisas novas” na Assembleia da República.

    Marina Costa Lobo afirmou ainda que o reforço do PAN e entrada do Iniciativa Liberal, Chega e Livre significa um “descontentamento com os partidos tradicionais”. “Os eleitores portugueses eram conservadores relativamente com as suas escolhas partidárias e aqui vemos que os eleitores portugueses estão a aventurar-se um pouco com os novos partidos. Esta foi a eleição com mais partidos de sempre e vemos que as pessoas estão a responder à nova oferta partidária”, disse, frisando que isto pode levar a que mais pessoas passem a interessarem-se pela política e que será “uma mudança importante”.

    Lusa

  • “O facto é que correu mal”, mas o Aliança não é o CDS, a análise à nova derrota de Santana Lopes

    “O facto é que correu mal”, mas o Aliança não é o CDS

  • Vila Franca do Campo (Açores) foi o concelho com a maior taxa de abstenção

    O concelho de Vila Franca do Campo, em São Miguel, nos Açores, foi o que registou a taxa mais alta de abstenção (70,4%). De acordo com os resultados disponíveis no portal de análise de dados estatísticos da Social Data Lab para a agência Lusa, no concelho de Vila Franca do Campo, dos 10.588 inscritos votaram 3.137 eleitores.

    Já a taxa de abstenção mais baixa foi registada no concelho de Vila de Rei, no distrito de Castelo Branco (30,4%).

  • O país que finge que está tudo normal: a opinião de José Manuel Fernandes

    O país que finge que está tudo normal

  • Iniciativa Liberal elegeu um deputado e promete ser “a voz de oposição ao socialismo”. A análise à eleição de um deputado pela IL

    Iniciativa Liberal elegeu um deputado e promete ser “a voz de oposição ao socialismo”

  • As eleições portuguesas nos jornais estrangeiros: AFP e Reuters

    Nas agências de notícias AFP e Reuters o foco é o mesmo: o PS ter falhado a maioria

  • As eleições portuguesas nos jornais estrangeiros: Politico

    O Politico diz que a falta de maioria obriga o PS a negociar de novo à esquerda.

  • As eleições portuguesas nos jornais estrangeiros: Le Figaro

    O Le Figaro fica-se pela falta de maioria do PS

  • As eleições portuguesas nos jornais estrangeiros: Le Monde

    No francês Le Monde o título é “A esquerda triunfa”

  • As eleições portuguesas nos jornais estrangeiros: Finantial Times

    O Finantial Times também apenas dedica uma pequena notícia a Portugal na sua página principal

  • As eleições portuguesas nos jornais estrangeiros: The Guardian

    O The Guardian apenas reserva um cantinho da sua homepage online para Portugal com a vitória de Costa sem maioria

  • As eleições portuguesas nos jornais estrangeiros: El Confidencial

    O El Confidencial também se fica pelo falhanço da maioria absoluta por parte de António Costa

  • As eleições portuguesas nos jornais estrangeiros: El Español

    O El Español fica-se pelo óbvio: a vitória sem maioria absoluta de António Costa

  • As eleições portuguesas nos jornais estrangeiros: El Mundo

    O El Mundo destaca que a extrema-direita entra pelo Parlamento português dentro depois dos os socialistas não conseguirem a maioria absoluta.

  • As eleições portuguesas nos jornais estrangeiros: El País

    “Portugal referenda nas urnas a gestão do socialista António Costa”, é a manchete do El País online que teve as eleições portugueses como título principal do seu site ao longo do dia. O jornal espanhol sublinha que o PS pode governar só com um dos parceiros de esquerda e acrescenta que as tarefas pendentes de Costa são a redução da dívida e a melhoria dos serviços públicos:

    Globalmente, a imprensa internacional destaca a vitória “agridoce” do PS, sem maioria absoluta, nas eleições legislativas deste domingo em Portugal, com o espanhol El Pais a falar em “descalabro da direita”. “Há vitórias com sabor agridoce, como a que o socialista António Costa assinou hoje. Ele repetirá o seu mandato em Portugal, mas a maioria absoluta escapou das suas mãos após uma votação que muda a relação de forças na política portuguesa”, escreve a agência de notícias espanhola EFE.

    “Vitória, sim; maioria absoluta, não”, lê-se no El Pais, que destaca também “o descalabro da direita”, que “provocou a demissão da presidente do CDS, Assunção Cristas”.

    Também o El Mundo fala de uma “vitória amarga” do PS, uma vez que ficou a “pouquíssimos pontos da tão desejada maioria absoluta”.

    “A abstenção alcançou um recorde de 49% nestas eleições legislativas e serve para confirmar a tendência observada no país vizinho desde a Revolução dos Cravos: a cada nomeação eleitoral, aumenta o número de eleitores que optam por não ir às urnas”, escreve ainda o mesmo jornal espanhol.

    A imprensa francesa apelida António Costa de “bom estratega”, tendo conseguido “virar a página da austeridade desde 2015 sem renunciar à rigorosa disciplina orçamental”, vindo a ganhar sondagens há vários meses.

    Os britânicos The Guardian e o económico Financial Times destacam igualmente a vitória socialista sem maioria absoluta, sublinhando que este resultado “contraria uma tendência europeia” para rejeitar partidos de centro-esquerda.

    Também o jornal alemão Suddeutsche Zeitung destaca a vitória do PS de António Costa “no antigo país da crise do euro”.

    Lusa

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