Momentos-chave
- Soma de nulos e em branco acima dos votos do CDS-PP e do PAN
- Está tudo em aberto mas PS deve começar por negociar com PCP e BE, dizem politólogos
- Iniciativa Liberal. 70% dos votos estão em Lisboa, Porto e Setúbal
- André Silva: "António Costa tem todas as condições para ser indigitado primeiro-ministro"
- Costa diz que Cavaco não queria geringonça e acabou por a reforçar, mas não diz se aceita negociar Orçamento a Orçamento
- "António Costa ainda não me ligou", mas PAN está "disponível para dialogar", diz André Silva
- Distrito de Lisboa deu um terço dos votos ao Chega. Já no Porto teve quase metade do RIR
- André Silva: "Estes 4 deputados vão ser a vossa voz no combate das nossas vidas"
- PAN. "Conseguimos!"
- Bloco confirma 19 deputados e faz finalmente a festa
- Resultados finais dão 36,65% ao PS e 27,9% ao PSD. Abstenção atinge recorde de 45,5%
- "Não são só os outros que têm cadernos de encargos, o PS também o tem"
- Iniciativa Liberal: resultado é "luzinha de esperança"
- PS vai "manter-se firme na trajetória das contas certas"
- PAN elege Cristina Rodrigues em Setúbal e fica com 4 deputados
- PS vai contactar também PAN e Livre para "acordo de legislatura"
- PS "vai procurar junto dos parceiros renovar solução política"
- Costa: "Os portugueses gostaram da geringonça e desejam a continuidade, com um PS mais forte"
- Rio "pondera" recandidatura, sem tabus, e assume lugar de deputado
- "Não houve uma grande derrota", repete Rio. E diz que é preciso "ponderação" para anunciar recandidatura
- Rio não vê hecatombe no PSD e equipara resultados aos de Passos, em 2015
- Iniciativa Liberal: "Hoje fizemos história"
- PAN já elegeu 3 deputados
- Rui Rio reage aos resultados eleitorais
- O deputado eleito da Iniciativa Liberal que promete ser "incansável e implacável"
- Iniciativa Liberal: "Hoje fizemos história"
- Bloco de Esquerda deve manter os 19 deputados
- Deputada do Bloco torna-se a primeira mulher negra no Parlamento
- Iniciativa Liberal elege um deputado
- Inês Sousa Real, do PAN: "Que grande noite, que noite feliz, vamos a isso!"
- BE disponível para negociação para a legislatura ou "ano a ano"
- Jerónimo de Sousa: "Ouvidos os partidos nada obsta (da parte da CDU) a que o Presidente da República indigite o governo e o primeiro-ministro assuma funções"
- BE disponível para viabilizar governo do PS
- André Silva: "De acordo com as projeções, atingimos os nossos objetivos"
- Jerónimo de Sousa: "Ouvidos os partidos nada obsta (da parte da CDU) a que o Presidente da República indigite o governo e o primeiro-ministro assuma funções"
- Assunção Cristas abandona sede no Largo do Caldas e já não volta
- Cristas sai da liderança do CDS. Líder convoca conselho nacional para marcar congresso extraordinário e não se recandidata
- PS. Mesmo com votação reforçada no PS, Pedro Nuno Santos "deseja" continuar com os mesmos parceiros
- Rui Tavares: Eleição de Joacine seria "histórica" e Livre está disponível para falar "com toda a esquerda, não apenas com um ou outro partido"
- David Justino alerta para "excesso de triunfalismo" e faz contas: se o PSD tiver 24% perde, se tiver perto de 31% sente-se "reconhecido"
- Missão cumprida no PAN: formar um grupo parlamentar
- Jorge Costa destaca "confirmação do BE como terceira força política nacional"
- "Este é o momento, mais PAN no Parlamento", grita-se na festa contida do PAN
- PS promete que se "empenhará" numa solução de Governo para quatro anos
- CDU. Silêncio no Centro de Trabalho Vitória às primeiras projeções
- PS já reclama "grande vitória" e "derrota histórica" para a direita.
- Aplausos e festa contida no quartel-general do Bloco de Esquerda
- Aplausos na sede do Livre perante possibilidade de eleger um deputado
- “A CDU está de consciência tranquila” em relação aos números da abstenção
- Bloco de Esquerda preocupado com aparente "aumento da abstenção"
- PAN. Elevada abstenção é "preocupante" e obriga a "balanço do que correu menos bem"
- CDS. Diogo Feio regista que o aparecimento de mais partidos não diminuiu abstenção
- Abstenção de 43,4 a 51,5% segundo projecções das televisões
- PSD. Rio chegou ao hotel "bem-disposto" e sem discursos preparados
- CDS. Cristas já chegou ao Caldas e espera resultados com "muita tranquilidade"
- Votaram menos 125 mil eleitores até às 16h00 em relação às anteriores legislativas
- Afluência continua mais baixa do que em 2015: já votaram 38.59%
- A participação desce, mas os votos são mais. Como é isso possível?
- Marcelo alerta para próximos "quatro anos" com "dificuldades": "Vão ser anos que não vão ser fáceis"
- Afluência até às 12h00: 18,83% de participação
- Assunção Cristas pede aos eleitores que "não desistam de votar"
- Rui Rio: "Se não gostam de nenhum partido, podem sempre votar em branco"
- André Silva, do PAN: "Prefiro ter câmaras à minha volta, do que ser ignorado pela comunicação social"
- Jerónimo de Sousa sobre a campanha: "Fizemos talvez até mais do que a nossa parte"
- Catarina Martins: "A democracia precisa de toda a gente, não dispensa ninguém"
- Costa pede "uma grande participação eleitoral" e a seguir vai ver sítios para o casamento da filha
Histórico de atualizações
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Fechamos aqui o liveblog que acompanhou os momentos mais importantes das eleições.
Bom dia!
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Pequenos partidos em grande: acumulam mais de 500 mil votos, 10% do total
Os pequenos partidos acumularam 549.244 votos nestas eleições, dispersos por 16 partidos, incluindo o PAN (que obteve 166.854 votos e tem agora apenas menos um deputado do que o CDS), e as três forças políticas que entram pela primeira vez no Parlamento: Chega, Iniciativa Liberal e Livre. No total, são 10% dos cerca de 5 milhões de votantes — em conjunto, seriam a terceira força mais votada. O aumento de votos nas forças políticas não habituais é substancial — mais 167 mil do que nas eleições de 2015.
Além de mais votos, nestas eleições houve também maior aproveitamento: os partidos que não conseguiram qualquer assento parlamentar acumularam 194.777 votos, muito menos do que os 307.202 de 2015.
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Começa agora a prova dos nove. O filme da noite eleitoral.
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Um PS reforçado, uma “geringonça” a perder peças, novos partidos e peças sobressalentes. As eleições trouxeram novidades ao Parlamento e ainda não é claro se Costa governa sozinho ou acompanhado.
Este é o “manual de instruções” para entender o que aí vem.
Votos contados. E agora? Manual de instruções para entender o que aí vem
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Soma de nulos e em branco acima dos votos do CDS-PP e do PAN
A soma dos votos em branco e nulos registados nas eleições legislativas deste domingo representa mais do que a votação no CDS-PP e no Pessoas-Animais-Natureza (PAN). Mais de 129.500 mil pessoas votaram em branco nas eleições legislativas e os votos nulos foram superiores a 88.500.
Em conjunto, os nulos e brancos somam mais de 218 mil votos, acima dos 216.448 votos do CDS-PP, com cinco deputados eleitos, e dos 166.854 eleitores que votaram no PAN, que elegeu quatro deputados para o parlamento. Em termos percentuais, os votos brancos representaram 2,54% do total, mais do que os três novos partidos que elegeram um deputado. Já os nulos representaram 1,74%.
Comparando com as legislativas de 2015, o número absoluto de votos brancos e de votos nulos aumentou. Também em percentagem, a votação em branco e nula subiu nas legislativas de domingo.
Lusa
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Está tudo em aberto mas PS deve começar por negociar com PCP e BE, dizem politólogos
O Partido Socialista vai ter como estratégia inicial “ensaiar compromissos” com PCP e BE, mas ainda está tudo em aberto devido ao reforço do PAN e novos partidos no parlamento, segundo politólogos contactados pela Lusa.
“O que será seguramente a estratégia de António Costa será encetar negociação formais ou informais com os partidos que até agora apoiaram o seu Governo, como o BE e PCP”, disse à agência Lusa António Costa Pinto, investigador coordenador no Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa (ICS-UL), acrescentando que isso “será do interesse do PS”.
Com o resultado destas eleições, sustentou António Costa Pinto, o PS sai como partido maioritário o que “aumenta a margem de manobra para decidir a formação de Governo” e, simultaneamente, “ensaiar negociações para acordos parlamentares com os partidos à sua esquerda”. Segundo o investigador, estes acordos “podem não passar por compromissos escritos”. António Costa Pinto sublinhou também que existe expectativa sobre o que o Presidente da República vai dizer, considerando que a preocupação de Marcelo Rebelo de Sousa “será de encontrar soluções que deem garantias de estabilidade política para os próximos anos”. O investigador do ICS-UL frisou que nestas eleições legislativas não existiu o “voto útil”, tanto à direita, como à esquerda.
“À direita houve uma recuperação eleitoral do PSD por parte de Rui Rio, retirando do chamado abstencionismo intermitente uma parte do eleitorado do PSD que se preparava para se abster, perante a vitória anunciada do PS”, disse.
Este politólogo adiantou que, à esquerda, existiu a tendência que confirmou “a ideia de que o eleitorado de esquerda gostou da ‘geringonça’” e dos compromissos feitos nos últimos quatro anos e “fez com que o PS não obtivesse voto útil à esquerda do seu próprio eleitorado”. “Isso foi claro na sobrevivência do PCP, apesar de ter diminuído um pouco, e foi claro também no BE, que manteve no fundamental os resultados eleitorais de 2015”, afirmou.
Por sua vez, a também investigadora do ICS-UL Marina Costa Lobo destacou à Lusa o reforço do PAN (Pessoas-Animais-Natureza) e a entrada no parlamento do Livre, Iniciativa Liberal e Chega. “Temos alguma fragmentação adicional, isto deixa tudo em aberto para António Costa poder negociar um Governo de coligação ou de incidência parlamentar”, notou.
Marina Costa Lobo considerou que António Costa vai começar por falar com os maiores partidos de esquerda, a CDU e o Bloco de Esquerda, que foram os seus parceiros nos últimos quatro anos, sendo essa “a sua disposição geral”, mas alertou que “é demasiado cedo”.
“Não quero fazer prognósticos sobre isso, ainda está tudo demasiado em aberto. Não houve maioria absoluta, o que é um sinal que a campanha não correu particularmente bem ao PS, há um reforço, mas não há um enorme aumento e também não há um enorme aumento do BE e a CDU perde bastante”, sustentou. Nesse sentido, salientou que a ‘geringonça’ vai ter que pensar “um pouco como é que pode garantir a estabilidade daqui para frente”, uma vez que “não há soluções evidentes e há coisas novas” na Assembleia da República.
Marina Costa Lobo afirmou ainda que o reforço do PAN e entrada do Iniciativa Liberal, Chega e Livre significa um “descontentamento com os partidos tradicionais”. “Os eleitores portugueses eram conservadores relativamente com as suas escolhas partidárias e aqui vemos que os eleitores portugueses estão a aventurar-se um pouco com os novos partidos. Esta foi a eleição com mais partidos de sempre e vemos que as pessoas estão a responder à nova oferta partidária”, disse, frisando que isto pode levar a que mais pessoas passem a interessarem-se pela política e que será “uma mudança importante”.
Lusa
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“O facto é que correu mal”, mas o Aliança não é o CDS, a análise à nova derrota de Santana Lopes
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Vila Franca do Campo (Açores) foi o concelho com a maior taxa de abstenção
O concelho de Vila Franca do Campo, em São Miguel, nos Açores, foi o que registou a taxa mais alta de abstenção (70,4%). De acordo com os resultados disponíveis no portal de análise de dados estatísticos da Social Data Lab para a agência Lusa, no concelho de Vila Franca do Campo, dos 10.588 inscritos votaram 3.137 eleitores.
Já a taxa de abstenção mais baixa foi registada no concelho de Vila de Rei, no distrito de Castelo Branco (30,4%).
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O país que finge que está tudo normal: a opinião de José Manuel Fernandes
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Iniciativa Liberal elegeu um deputado e promete ser “a voz de oposição ao socialismo”. A análise à eleição de um deputado pela IL
Iniciativa Liberal elegeu um deputado e promete ser “a voz de oposição ao socialismo”
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As eleições portuguesas nos jornais estrangeiros: AFP e Reuters
Nas agências de notícias AFP e Reuters o foco é o mesmo: o PS ter falhado a maioria
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As eleições portuguesas nos jornais estrangeiros: Politico
O Politico diz que a falta de maioria obriga o PS a negociar de novo à esquerda.
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As eleições portuguesas nos jornais estrangeiros: Le Figaro
O Le Figaro fica-se pela falta de maioria do PS
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As eleições portuguesas nos jornais estrangeiros: Le Monde
No francês Le Monde o título é “A esquerda triunfa”
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As eleições portuguesas nos jornais estrangeiros: Finantial Times
O Finantial Times também apenas dedica uma pequena notícia a Portugal na sua página principal
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As eleições portuguesas nos jornais estrangeiros: The Guardian
O The Guardian apenas reserva um cantinho da sua homepage online para Portugal com a vitória de Costa sem maioria
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As eleições portuguesas nos jornais estrangeiros: El Confidencial
O El Confidencial também se fica pelo falhanço da maioria absoluta por parte de António Costa
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As eleições portuguesas nos jornais estrangeiros: El Español
O El Español fica-se pelo óbvio: a vitória sem maioria absoluta de António Costa
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As eleições portuguesas nos jornais estrangeiros: El Mundo
O El Mundo destaca que a extrema-direita entra pelo Parlamento português dentro depois dos os socialistas não conseguirem a maioria absoluta.
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As eleições portuguesas nos jornais estrangeiros: El País
“Portugal referenda nas urnas a gestão do socialista António Costa”, é a manchete do El País online que teve as eleições portugueses como título principal do seu site ao longo do dia. O jornal espanhol sublinha que o PS pode governar só com um dos parceiros de esquerda e acrescenta que as tarefas pendentes de Costa são a redução da dívida e a melhoria dos serviços públicos:
Globalmente, a imprensa internacional destaca a vitória “agridoce” do PS, sem maioria absoluta, nas eleições legislativas deste domingo em Portugal, com o espanhol El Pais a falar em “descalabro da direita”. “Há vitórias com sabor agridoce, como a que o socialista António Costa assinou hoje. Ele repetirá o seu mandato em Portugal, mas a maioria absoluta escapou das suas mãos após uma votação que muda a relação de forças na política portuguesa”, escreve a agência de notícias espanhola EFE.
“Vitória, sim; maioria absoluta, não”, lê-se no El Pais, que destaca também “o descalabro da direita”, que “provocou a demissão da presidente do CDS, Assunção Cristas”.
Também o El Mundo fala de uma “vitória amarga” do PS, uma vez que ficou a “pouquíssimos pontos da tão desejada maioria absoluta”.
“A abstenção alcançou um recorde de 49% nestas eleições legislativas e serve para confirmar a tendência observada no país vizinho desde a Revolução dos Cravos: a cada nomeação eleitoral, aumenta o número de eleitores que optam por não ir às urnas”, escreve ainda o mesmo jornal espanhol.
A imprensa francesa apelida António Costa de “bom estratega”, tendo conseguido “virar a página da austeridade desde 2015 sem renunciar à rigorosa disciplina orçamental”, vindo a ganhar sondagens há vários meses.
Os britânicos The Guardian e o económico Financial Times destacam igualmente a vitória socialista sem maioria absoluta, sublinhando que este resultado “contraria uma tendência europeia” para rejeitar partidos de centro-esquerda.
Também o jornal alemão Suddeutsche Zeitung destaca a vitória do PS de António Costa “no antigo país da crise do euro”.
Lusa