A segunda edição da Drawing Room Lisboa vai reunir, a partir desta quarta-feira, 70 artistas e 25 galerias de arte para dedicar cinco dias ao desenho contemporâneo, na Sociedade Nacional de Belas Artes, na capital portuguesa. De acordo com o programa geral da Drawing Room Lisboa — Feira de Arte Contemporânea Especializada em Desenho – que decorre até domingo — foram também convidados diretores de museus e de coleções europeias para participar num programa institucional.

Lourdes Castro, Helena Almeida, Pedro Barateiro, Ana Jotta, Pedro Cabrita Reis, Julião Sarmento, Paulo Brighenti, Júlio Pomar e Paulo Lisboa estão entre os 70 artistas representados nesta segunda edição do certame.

A estes junta-se um espaço que destaca o contexto artístico argentino, comissariado por Deborah Reda, com a presença de cinco Galerias de Buenos Aires, uma das novidades desta segunda edição da feira, que entra no mundo latino-americano.

Daquele país, vão estar, entre outros, as colagens de Hernán Paganini, representado pela Quimera Galería, o desenho como contorno das composições cromáticas das paisagens oníricas de Paula Otegui, representada pela galeria Pabellón 4, as colagens de Julia Masvernat, representada pela galeria Gachi Prieto, ou a gravação em relevo de Matias Ercole de Miranda Bosh Gallery.

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A estas galerias juntam-se, no programa geral da feira, outras de Lisboa, Porto, Açores, e também de Espanha, Japão, Colômbia, Moçambique e Brasil, numa seleção que coube a Mónica Álvarez Careaga, diretora da feira, e ao Comité Consultivo do certame.

O comité é composto por Elsy Lahner, curadora de arte contemporânea do Albertina Museum, de Viena, Inmaculada Corcho, diretora do Museu do Desenho ABC, de Madrid, e pelo colecionador Manuel Navacerrada.

Pela primeira vez estarão presentes, em Lisboa, as galerias Bruno Murias, que exibe a obra de cinco artistas, Filomena Soares, com nomes como Helena Almeida e Pedro Barateiro, Valbom, com uma proposta monográfica dedicada a Júlio Pomar, e a galeria Uma Lulik, com a obra de três artistas, entre os quais o tunisino Nidhal Chameck.

A Galeria 111, as galerias Miguel Nabinho, Monumental, Carlos Carvalho, Arte Periférica e Módulo, participantes na primeira edição da feira, também regressam, trazendo obras de artistas como Cristina Lamas, Lourdes Castro, Ana Jotta, Luisa Cunha, Pedro Cabrita Reis, João Távora e Bárbara Assis Pacheco, entre outros nomes.

Do Porto, além da galeria Pedro Oliveira, que apresenta um projeto com os principais nomes do seu catálogo, surgem duas novas galerias, a Kubikgallery e a Sala 117, enquanto Ponta Delgada marca uma vez mais presença com a Fonseca Macedo.

Na lista de galerias internacionais encontram-se a Siboney (Santander, Espanha), Silvestre (Madrid, Espanha), Gallery Kitai (Tóquio, Japão), Adrián Ibáñez (Colômbia), Kulungwana (Maputo, Moçambique) e a RV Cultura e Arte (Salvador, Brasil), além das cinco galerias argentinas.

À semelhança da edição de 2018, segundo a organização, a Drawing Room Lisboa pretende ainda destacar o trabalho criativo dos artistas e a contribuição das instituições que apoiam o desenho contemporâneo através da atribuição de vários prémios. Será atribuído o Prémio Novo Talento Desenho – Drawing Room Lisboa & Viarco, que inclui uma residência artística na fábrica, em São João da Madeira, atribuído em 2018 à artista espanhola Irene González.

O programa paralelo da feira contará com uma série de iniciativas, entre as quais conversas em torno do colecionismo do desenho contemporâneo, do desenho contemporâneo argentino.

Haverá ainda uma exposição de desenhos da Coleção de Desenho Contemporânea da Fundação PLMJ (de A.M. Pereira, Sáragga Leal, Oliveira Martins, Júdice e Associados – Sociedade de Advogados), com curadoria de João Silvério, e um programa de visitas ao acervo de desenho de instituições nacionais.