Uma tartaruga bebé morreu na semana passada devido à ingestão de plástico no mar, em Boca Raton, Florida. Foi encontrada e examinada em vida por Emily Mirowski, assistente de reabilitação de tartarugas marinhas na “Gumbo Limbo Nature Center”, que após a sua morte encontrou 104 pedaços de plástico no trato gastrointestinal do animal.
Estava fraca e magra. Consegui logo ver que ela não estava bem”, contou Emily Mirowski em entrevista à CNN. Depois de morrer, a assistente de reabilitação dissecou a tartaruga e encontrou 104 pedaços de plástico no seu estômago.
“Foi de partir o coração”, disse. “Mas é algo que temos vindo a ver há vários anos e estamos satisfeitos por as pessoas estarem finalmente a ver esta imagem e esperamos que aumente a sensibilização.”
Este não é um acontecimento novo nem isolado. Devido a isso, a “Gumbo Limbo Nature Center” tem um ponto de recolha para quem quiser entregar tartarugas para reabilitação, que será feita pelos assistentes de reabilitação de tartarugas marinhas do centro.
“Damo-lhes pequenas quantidades de fluidos todos os dias para as manter hidratadas”, refere a assistente. “O importante é mantê-las hidratadas para que o apetite volte”.
Algumas sobrevivem, mas dezenas de tartarugas deixadas no centro já morreram desde o início da época de correntes e ventos fortes e em todas foram encontrados plásticos no trato gastrointestinal, segundo explicou Mirowski.
Todos os microplásticos se prendem às algas, e parecem comida para as tartarugas bebés”, explica a técnica ao CNN. Isto faz com que estas tenham a sensação de estarem cheias, o que faz com que não comam e não recebam os nutrientes necessários.
A técnica afirma, citada pela CNN, que o problema não vai acabar até as pessoas pararem de comprar plástico e começarem a reciclá-lo de forma correta. Na publicação feita no Facebook do centro Gumbo Limbo Nature, é deixado o apelo: “Isto é um triste lembrete de que todos temos de fazer a nossa parte para manter os nossos oceanos livres de plástico.”