O ministro do Interior alemão anunciou esta quinta-feira que a Alemanha quer aumentar “consideravelmente” as forças de segurança, um dia depois de um ataque antissemita, que tinha como alvo uma sinagoga em Halle (leste), ter matado duas pessoas.

“Precisamos de fortalecer consideravelmente as forças de segurança”, referiu Host Seehofer, numa conferência de imprensa em Halle, numa altura em que representantes da comunidade judaica alemã têm questionado a atuação das forças policiais e o nível de proteção dos locais de culto judaico.

Perante tais críticas, o ministro alemão prometeu que as sinagogas e os locais de culto judaicos naquele país serão “melhor protegidos” no futuro.

“O que aconteceu na quarta-feira em Halle é uma vergonha para todo o país. Com a nossa história, tal coisa não deve acontecer”, afirmou.

E reforçou: “Este Governo fará tudo o que estiver ao seu alcance para que os judeus do nosso país possam viver sem ameaça, sem medo”.

A chanceler alemã, Angela Merkel, prometeu esta quinta-feira “tolerância zero” face ao “ódio” e a “violência”, no seguimento do ataque em Halle que, segundo a procuradoria federal alemã, pretendia ser “um massacre”.

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Ao final da manhã de quarta-feira um homem armado tentou entrar numa sinagoga em Halle, onde se encontravam dezenas de pessoas para assinalar o Yom Kipur, o maior feriado religioso judaico. Não tendo conseguido, o homem começou a disparar de forma indiscriminada na rua, tendo depois atirado contra os clientes que estavam num estabelecimento de comida turca de take-away.

O homem, identificado pelas autoridades com um extremista de direita alemão de 27 anos, filmou o ataque, que durante 35 minutos foi transmitido, em direito, numa plataforma na Internet.

O ataque fez dois mortos e dois feridos graves. Mas, o balanço de vítimas do ataque poderia ter sido bastante mais pesado porque cerca de 80 pessoas estavam no interior da sinagoga na altura dos acontecimentos.