No dia em que a PJ lançou em todo o país uma operação por causa da polémica compra das golas antifogo, o gabinete do ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, também foi passado a pente fino. Segundo a TVI, o gabinete do governante foi um dos alvos definidos pela procuradora do Ministério Público responsável pelo processo, Ana Carla Almeida, a par do gabinete do secretário do seu secretário de estado da Proteção Civil, Artur Neves, que acabou por ser constituído arguido.

Nessa operação policial, a 18 de setembro, Eduardo Cabrita esteve presente enquanto a polícia vasculhava os seus documentos à procura de provas. Nesse dia o secretário de estado da Proteção Civil, que também foi alvo de buscas, acabou por apresentar a demissão alegando razões pessoais. A polícia também esteve na sede da Proteção Civil, cujo presidente, tenente general Mourato Nunes, também foi constituído arguido, embora se mantenha no cargo.

A polícia também fez ainda buscas em vários comandos distritais e na sede das empresas que terão contratado com a Proteção Civil. Neste momento há sete arguidos no processo, além de Artur Neves e do seu ex-adjunto Francisco Ferreira, e de Mourato Nunes, há dois empresários e duas empresas também arguidos no processo. Investigam-se crimes de corrupção e participação económica em negócio e não será apenas a aquisição de 70 mil golas antifumo e 15 mil kits de autoproteção o contrato suspeito. O Ministério Público investiga contratos que ascendem ao valor de 1,8 milhões de euros.

Processo das golas anti-fogo já tem sete arguidos

O Ministério da Administração Interna não respondeu à TVI mas, no dia da operação, admitiu em comunicado que havia buscas no ministério não especificando em que gabinetes.

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