Pelo menos 160 mil pessoas viram-se obrigadas a deixar as suas casas devido à ofensiva militar turca no nordeste da Síria, anunciou esta segunda-feira o secretário-geral das Nações Unidas (ONU) que pede uma “redução imediata” da escalada de ataques.

Em comunicado, António Guterres lembrou que está “seriamente preocupado” com a evolução da situação no nordeste da Síria. O secretário-geral da ONU pediu “uma redução imediata da escalada e exortou todas as partes a resolverem os seus problemas de forma pacífica”.

A Turquia lançou na quarta-feira uma operação militar, que inclui alguns rebeldes sírios, contra a milícia curda Unidades de Proteção Popular (YPG), grupo que considera terrorista, mas que é apoiado pelos ocidentais para combater o grupo extremista EI.

António Guterres solicitou o acesso sem obstáculos à entrega de ajuda humanitária e pediu “máxima contenção” e que qualquer operação militar proteja os civis.

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O secretário-geral da ONU expressou também a sua preocupação face à possível libertação de combatentes do grupo jihadista Estado Islâmico (EI), detidos pelas milícias curdas.

Segundo Ancara, a operação militar que começou na quarta-feira visa “os terroristas das YPG e do Daesh [acrónimo árabe do grupo extremista Estado Islâmico]” e pretende estabelecer uma “zona de segurança” no nordeste da Síria.

A ofensiva de Ancara abre uma nova frente na guerra da Síria que já causou mais de 370.000 mortos e milhões de deslocados e refugiados desde que foi desencadeada em 2011.