O Governo britânico irá pedir um adiamento da data de saída da União Europeia (UE) se, até sábado (19 de outubro), não tiver conseguido alcançar um acordo para o Brexit com os parceiros europeus. Essa informação foi confirmada esta quarta-feira pelo ministro para o Brexit, Stephen Barclay, e surge depois de várias semanas de especulação sobre se o Executivo iria ou não cumprir a lei Benn, que obrigada a esse adiamento para evitar o cenário de no deal. 

“Posso confirmar, como o primeiro-ministro tem dito repetidamente, que o Governo irá cumprir a lei”, afirmou Barclay numa audição parlamentar na Câmara dos Comuns, ao ser questionado sobre se o Executivo de Boris Johnson tenciona ou não cumprir a lei Benn. “Confirmo que o Governo irá respeitar aquilo que escreveu nessa carta”, acrescentou o ministro, referindo-se à carta do Governo apresentada em tribunal, para comprovar que irá cumprir a lei.

O tema foi discutido em tribunal depois de deputados da oposição terem avançado com um caso judicial por receio de que o primeiro-ministro não cumpra aquilo que o Parlamento determinou, na sequência de comentários de Boris sobre preferir estar “morto numa valeta” a pedir um adiamento da data de saída da UE. Contudo, depois de o Governo ter apresentado aquela carta em tribunal comprometendo-se a seguir a lei Benn, o tribunal considerou que não seria necessário forçar a mão do Executivo, por considerar que este está disposto a cumprir a legislação — informação agora confirmada por Barclay perante os deputados.

Vitória para Boris: Governo não é forçado a pedir adiamento pelo tribunal

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