Trinta e um anos depois da publicação de Os Pilares da Terra, o romance sobre a construção de uma catedral gótica na localidade fictícia de Kingsbridge, em Inglaterra, Ken Follett vai lançar uma prequela. O livro, intitulado The Evening and the Morning, vai ser lançado no outono de 2020 pela Pan Macmillan, no Reino Unido, e pela Viking, nos Estados Unidos da América. O anúncio foi feito na Feira do Livro de Frankfurt, refere a The Bookseller.

The Evening and the Morning passa-se por volta do ano 1.000, numa pequena aldeia anglo-saxónica, quando Inglaterra estava a ser invadida pelos vikings e estava prestes a ser conquistada pelos normandos, originários do norte da atual França. O título é uma referência ao período em que a história decorre, “o final da Idade das Trevas e o início da Idade Média, portanto é uma noite e uma manhã”, explicou Follett em Frankfurt. “A frase é bíblica, obviamente: ‘Houve uma noite e uma manhã, o primeiro dia’.” Segundo a The Bookseller, o romance fala sobre as origens de um sistema legal que não serve apenas a elite governante.

“Este é o tempo em que as pessoas começaram a pedir aquilo a que chamamos Estado de Direito, que significa que as disputas são resolvidas de acordo com regras, independentemente de quão rico ou poderosos és. Isto é um aspeto fundamental da liberdade”, disse ainda o autor de 70 anos.

Já se sabia que Follett estava a trabalhar numa prequela de Os Pilares da Terra. No seu site, consta que o escritor iria rever o manuscrito em 2019 e que o romance seria publicado em 2020. Faltava saber uma data mais concreta e a editora responsável pelo seu lançamento.

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Publicado originalmente em 1989, Os Pilares da Terra venderam mais de 27 milhões de cópias no mundo inteiro. O romance de mais de 800 páginas, editado em duas partes em Portugal pela Presença, é o mais conhecido do escritor britânico. A última obra de Follett, um pequeno livro sobre a história da catedral de Notre-Dame de Paris e a sua importância para o autor, saiu em 2019. Notre-Dame. Uma das maiores obras da civilização europeia foi motivo pelo incêndio que destruiu parte do monumento parisiense. As receitas da edição revertem para a Fondation du Patrimoine e para a reconstrução de Notre-Dame.

Por altura do lançamento da edição portuguesa em setembro, também da Presença, o Observador pré-publicou um dos capítulos, sobre a ampliação da catedral original. Pode ser lido aqui.

Hoje teria custado tanto como uma viagem à Lua: a história da construção de Notre-Dame