A cimeira do Grupo dos Sete (G7) do próximo ano, agendada para junho, vai realizar-se numa das propriedades do Presidente norte-americano, um resort com clube de golfe em Miami, noticiam vários meios de comunicação norte-americanos esta quinta-feira.
Donald Trump já tinha admitido a possibilidade de levar a cimeira para um dos seus resorts, no final da anterior reunião do G7, que reúne as maiores economias mundiais, na cidade francesa de Biarritz, desvalorizando eventuais conflitos de interesse. O Washington Post escreve que a decisão do Presidente em escolher um resort do seu grupo privado para acolher um evento internacional desta importância não tem precedente na história recente dos Estados Unidos. E acrescenta que o Trump National Doral resort, perto do aeroporto de Miami, tem sofrido um declínio nos resultados em anos recentes, citando os relatórios da grupo económico de Trump.
A informação de que o evento ia ter lugar num dos clubes de golfe de Trump foi confirmada esta quinta-feira pelo chefe de gabinete do Presidente, Mick Mulvaney, que defendeu o Trump National Doral Miami como “o melhor lugar” para receber a cimeira, refutando quaisquer conflitos de interesse.
A presidência americana garantiu ainda que o critério de escolha se prende com a proximidade ao aeroporto e a qualidade das instalações. A marca Trump que é gerida por Eric Trump, filho de Donald Trump, assegura que não procura lucrar com o negócio que atrai centenas de diplomatas e jornalistas, além do destaque mundial.
Mick Mulvaney esclareceu ainda que a realização do evento naquele local irá permitir poupar milhões de dólares e que tema das alterações climáticas não consta na agenda de trabalhos da cimeira do G7, marcada para 10 a 12 de junho de 2020.