O presidente da Comissão Europeia alertou, na quinta-feira, para uma situação “extremamente complicada”, caso o Parlamento britânico rejeite o novo acordo para o Brexit, entre Bruxelas e Londres.

“Se isso acontecer, vamos encontrar-nos numa situação extremamente complicada”, disse Jean-Claude Juncker aos jornalistas, no final do primeiro dia da cimeira da UE em Bruxelas.

No mesmo dia, o presidente da Comissão Europeia descartou um novo adiamento da saída do Reino Unido da UE (Brexit), prevista para 31 de outubro, defendendo que perante um acordo reformulado não há argumentos para novas extensões, mesmo que o Parlamento britânico rejeite o texto.

O acordo de saída revisto do Reino Unido da UE foi alcançado na quinta-feira entre a Comissão Europeia e o Governo britânico, e foi aprovado no mesmo dia pelos chefes de Estado e de Governo dos 27.

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Líderes europeus deram luz verde ao acordo

“O Conselho Europeu endossou este acordo […] Nessa premissa, o Conselho Europeu convida a Comissão, o Parlamento Europeu, e o Conselho a empreenderem os passos necessários para assegurar que o acordo entra em vigor a 1 de novembro de 2019”, declarou o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk.

A principal alteração é o facto de o primeiro-ministro [Boris] Johnson ter aceitado a existência de controlos alfandegários nos pontos de entrada na Irlanda do Norte. Este compromisso permite-nos evitar controlos entre a Irlanda e a Irlanda do Norte e assegura a integridade do mercado único”, notou.

O acordo tem agora de ser ratificado pelo Parlamento Europeu (PE) e pelo Parlamento britânico.

Os 5 pontos para entender o que muda com este novo acordo para o Brexit — e porque os unionistas irlandeses não o apoiam