As autoridades angolanas anunciaram esta terça-feira que, nos primeiros nove meses de 2019, registaram doações avaliadas em 4,7 milhões de dólares (4,2 milhões de euros), nomeadamente de bens alimentares e equipamentos, “destinados ao apoio institucional” e projetos das organizações não-governamentais.

Segundo a diretora geral do Instituto de Promoção e Coordenação de Ajuda às Comunidades (Iprocac), Anabela Sampaio, as doações são provenientes de organizações internacionais, agências das Nações Unidas, igrejas e organizações não-governamentais (ONG) nacionais e estrangeiras que desenvolvem atividade em território angolano.

A instituição pública angolana, tutelada pelo Ministério da Ação Social, Família e Promoção da Mulher, registou igualmente, nos anteriores nove meses, a redução de 29 ONG estrangeiras, menos 28 em comparação com o período homólogo. “Em contrapartida, em relação às ONG angolanas houve um aumento de 337 para 366”, disse Anabela Sampaio, durante um encontro com as organizações não-governamentais angolanas e estrangeiras, em Luanda.

Pelo menos 437 ONG estão registadas no Iprocac, sendo 400 nacionais e 37 estrangeiras, nomeadamente 395 são associações, nove fundações e 33 instituições religiosas que desenvolvem ações em vários domínios. Estados Unidos da América, Itália, Inglaterra e Espanha lideram a lista de ONG estrangeiras que atuam em Angola nos setores da educação, saúde, agricultura e desenvolvimento comunitário. “Apesar de termos o controlo de 437 ONG, existem sob nosso controlo e que conhecemos 67 projetos em execução que estão a ser desenvolvidos por 47 organizações nos mais variados setores de intervenção”, explicou.

Entre janeiro e setembro de 2019, as autoridades angolanas registaram ainda 129 pedidos de vistos para estrangeiros que trabalham em organizações não-governamentais.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR