Três quenianos e duas etíopes são os principais favoritos ao triunfo na 16.ª edição da maratona do Porto, que, em 3 de novembro, vai reunir mais de 6.000 atletas de 73 nacionalidades.

Joel Kiptoo, que em 2018 venceu a maratona de Edimburgo, Escócia, Justus Kiprotich, que triunfou o ano passado em Munster, Alemanha, e Daniel Yator, vencedor este ano em Iten, Quénia, são os mais credenciados para a vitória da corrida, que passa ainda por Matosinhos e Vila Nova de Gaia. Carlos Costa e Daniel Pinheiro estão entre os mais fortes portugueses, em competição na qual o espanhol Martin Fiz vai tentar bater o recorde do Mundo de veteranos.

As etíopes Genet Getaneh, que este ano foi segunda na maratona de São Paulo, e a compatriota Tizita Terecha, que em 2015 foi a mais forte em Guangzhou, China, são as mulheres em destaque, tal como Luísa Oliveira entre as lusas.

O evento portuense recebeu novamente o nível de bronze da Federação Internacional de Atletismo (IAAF), que assim atesta a sua qualidade, sendo que a mesma integra um campeonato internacional de grandes maratonas a pontuar para um ranking global. “Congratulo-me pelo facto desta competição assumir, entre outros, três desafios: o tecnológico, o ecológico e o solidário. Está de parabéns por isso e pela excelente organização ao longo destes 16 anos”, regozijou-se o presidente da federação de atletismo, Jorge Vieira.

A Run Porto, entidade organizadora, persegue agora o nível de prata, sendo que um dos critérios para essa subida de escalão tem a ver com o número de finalizadores.

Paralelamente à distância olímpica, volta a decorrer a Corrida da Família, de 15 quilómetros e com vertente solidária, já que as receitas revertem a favor da Associação Portuguesa de Osteoporose, bem como a Fun Race, de seis quilómetros, caminhada sem cariz competitivo. Juntando os três desafios, a organização espera ultrapassar os 15.000 corredores de 2018.

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Ainda em termos solidários, as entidades Vida e Norte e APTFeridas receberam vários dorsais para vender, ficando com as receitas decorrentes.

Segundo um estudo desenvolvido pela Universidade do Algarve, a maratona de 2018 teve um impacto de 12,7 milhões de euros na economia local, sendo que estima que nas 15 edições já realizadas o valor tenha ultrapassado já os 100 milhões. De acordo com o documento, entre os inscritos portugueses, 62,6 por cento desloca-se propositadamente ao Porto, tendo uma estada média de duas noites.

Quanto aos estrangeiros, 94,2 por cento vêm especificamente à ‘Invicta’, sendo que 73,5 por cento dos quais visitam a cidade pela primeira vez: em média, ficam 3,9 noites.

Das 73 nacionalidades inscritas, 38 são europeias, 13 asiáticas, 10 americanas e africanas e dois da Oceânia, constituindo 44 por cento dos participantes. Tirando os portugueses, a França lidera com 753 inscritos, seguida da Espanha com 527 e o Brasil com 295, num percurso que vai ser marcado por 14 palcos de animação.

Como novidade tecnológica, haverá uma aplicação para telemóvel na qual os atletas e seus amigos e familiares os podem seguir, inclusivamente com tempos e fotos.

A partir de 1 de novembro, na Alfandega do Porto, principia a Expomaratona, com 4.000 metros quadrados alusivos ao evento e economia da região.

A campeã europeia, mundial e olímpica Fernanda Ribeiro, especialista nos 5.000, 10.000 e maratona, foi homenageada pela sua carreira fértil em títulos internacionais.