O Chiron é um hiperdesportivo fabuloso, mas porque está comprometida com os clientes a só produzir 500 unidades, a Bugatti vai-se divertindo – e faz-se pagar por isso – a criar desportivos ainda mais exuberantes, fabricados em pequeníssimas quantidades para maximizar o encaixe financeiro. Foi assim que nasceu o Centodieci, uma versão muito especial do Chiron apresentada no Pebble Beach Concours d’Elegance, na Califórnia, de que apenas vão ser construídas 10 unidades.

O Centodieci nasceu para homenagear o Bugatti EB 110 SS, o mais assanhado dos EB110 concebidos no tempo de Romano Artioli, quando a marca francesa ainda não era pertença do Grupo Volkswagen. O motor que monta é uma versão mais puxada do 8.0 W16 quadriturbo, com 1.600 cv, o que lhe garante 380 km/h (valor a que está limitado, inferior aos 420 km/h permitidos ao Chiron), além da capacidade de ir de 0 a 100 km/h em somente 2,4 segundos.

A diferença para o Chiron, além das soluções estéticas evidentes tanto no exterior como no habitáculo, tem a ver com o facto de o Centodieci estar igualmente equipado com um motor eléctrico, alimentado por uma bateria a condizer. A unidade motriz transforma este Bugatti num híbrido, apesar do objectivo da marca visar apenas ao Centodieci entrar e sair de casa sem incomodar a família ou os vizinhos, que certamente apreciarão o gesto.

A prova que o Centodieci tem esta capacidade de percorrer curtas distâncias em modo 100% eléctrico foi recentemente tornada óbvia na Bélgica, no Zoute Grand Prix Concours d’Elegance. Para não poluir ou incomodar quem ali trabalhava durante a montagem do evento, o Centodieci recorreu ao motor eléctrico para entrar e sair das instalações. Uma simpatia que faz parecer menos exagerado os 8,9 milhões de dólares (antes de impostos, é claro) que a Bugatti exige por cada uma das 10 unidades a fabricar a partir de 2021, quando arrancar a produção. E já estão todas vendidas.

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