Pela primeira vez, jogadores e jogadoras dos principais campeonatos portugueses de futebol foram chamados a responder sobre rendimentos, hábitos de poupança e habilitações literárias. Ao todo, foram 424 os jogadores da Liga, Liga Pro, Campeonato de Portugal e Campeonato de Futebol Feminino a participar no inquérito de 16 perguntas, cujas conclusões serão apresentadas esta terça-feira em Bragança e a que o Jornal de Notícias teve acesso.

Apesar de 33,3% terem apenas o ensino básico e de só 8,2% terem conseguido terminar o ensino superior, os inquiridos revelaram-se especialmente dotados no que toca à literacia financeira: 92,2% têm hábitos de poupança e 40,8% garantem que poupam mensalmente mais de 30% dos rendimentos.

Os valores dos ordenados ajudarão a explicar a capacidade de poupança — apesar de 26,4% não terem revelado quanto auferem, 28% admitiram receber acima de 2500 euros líquidos/mês (26,4% recebem entre 1000 e 2500 ; 13,9% entre 500 e 1000; 3,1% ganham menos de 500 euros e 1,7% dizem que não recebem sequer).

Apesar de a maioria (41,4%) poupar a pensar na reforma, que no caso dos futebolistas tende a chegar de forma precoce, ainda antes dos 40 anos, muitos dizem que fazem economias para poderem comprar “bens duradouros”, fazerem face a despesas imprevistas ou não regulares e para acautelarem a educação dos filhos. 79% dos inquiridos garantiram ainda serem os únicos responsáveis pela gestão e administração dos respetivos patrimónios.

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